Início Minas Gerais Mineradoras são condenadas por mineração irregular na Serra do Curral, em BH

Mineradoras são condenadas por mineração irregular na Serra do Curral, em BH

Parque da Serra do Curral em Belo Horizonte-MG. Créditos: Trip Adivisor

Além da condenação, o MPF também solicita multa de R$50,7 milhões para a reparação de danos causados pela prática.

Nesta quarta-feira (22), a Justiça aceitou a denúncia feita pelo Ministério Público Federal (MPF) e tornou seis mineradoras e 12 pessoas rés por extração de recursos minerais na Serra do Curral, em Belo Horizonte. A matéria-prima é de domínio da União e estava sendo explorada de forma ilegal em uma área tombada. Além da condenação, o MPF solicitou a fixação de uma multa com valor mínimo de R$50,7 milhões para reparar os danos causados.

De acordo com a denúncia, as empresas extraíam os recursos minerais por meio de uma simulação de terraplanagem na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

“As obras gerais de terraplanagem estão sujeitas à autorização dos respectivos municípios em que forem realizadas, desde que não haja comercialização das terras e dos materiais extraídos com a atividade. […] Foi atestado por perícia que a atividade que estava sendo realizada no terreno não era de terraplanagem, mas, sim, de extração mineral.” – afirmou o MPF.

A exploração irregular de recursos minerais é crime e está previsto no artigo 55, com o artigo 3° da lei 9.605/1998. A denúncia também aponta que as pessoas envolvidas são suspeitos de adquirir, transportar e comercializar a matéria-prima extraída pelas empresas. Por esse motivo, 12 pessoas físicas também se tonaram rés e irão responder pelo crime.

As seis empresas que se tornaram rés são: Fleurs Global Mineração Ltda, Cdm Participações S/A, Valefort Comércio e Transporte Ltda-Me, Saae Participações S/a, Mineração Gute Sicht Ltda e Irontech Mineral Ltda.

A Fleurs Global afirmou, em nota, que “não realiza nenhuma atividade de extração mineral na serra do curral.” A empresa diz ter tranquilidade sobre o esclarecimento dos fatos e destaca que a inocência e a regularidade da empresa serão comprovadas.

A Gute Sicht também afirmou que não atua na área tombada da Serra do Curral. De acordo com a empresa, as suas atividades sempre estiveram acompanhadas de todas as licenças e autorizações dos órgãos competentes, razão pela qual está convicta de que a Justiça irá reconhecer a total improcedência da acusação”.

As outras empresas não se pronunciaram oficialmente sobre o assunto até a publicação desta matéria.

 

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