Minas Gerais voltou a acender o alerta sanitário após a confirmação de um novo foco de gripe aviária. O caso, identificado em três aves ornamentais no município de Mateus Leme, marca o segundo registro da doença no estado e levou o governo a decretar situação de emergência por seis meses.
Governo reage com decreto e ativa plano nacional de contenção
O anúncio foi feito na terça-feira (27) e publicado em edição especial do Diário Oficial. O governador Romeu Zema determinou a adoção de medidas imediatas de controle e prevenção da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), com apoio do setor privado e em alinhamento com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). O decreto emergencial tem validade de 180 dias.
De acordo com o painel do Mapa que acompanha doenças respiratórias e neurológicas em aves, o foco atual foi encontrado em um cisne negro mantido em um sítio da região metropolitana de Belo Horizonte. O episódio reacende a preocupação das autoridades sanitárias, principalmente por se tratar de uma variante mais agressiva do vírus.
Gripe aviária já havia sido detectada no estado em 2023
Esta não é a primeira vez que Minas registra gripe aviária. Em 2023, um pato de vida livre foi diagnosticado com a versão de baixa patogenicidade da doença (H9N2). Agora, a confirmação envolve a forma mais severa, o que exige respostas mais rápidas e coordenadas.
As ações fazem parte do Plano de Contingência da IAAP, elaborado em 2022 após o surgimento dos primeiros surtos na América do Sul. O documento prevê estratégias conjuntas entre União, estados e o setor produtivo para reduzir riscos e conter o avanço da doença no território nacional.