A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), por meio do Centro de Inovação e Tecnologia (CIT Senai), assinou um memorando de cooperação técnica com a Energy System Catapult (ESC). O acordo foi celebrado nessa quarta-feira (28), no CIT Senai, em Belo Horizonte. O evento contou com as presenças do presidente da Fiemg, Flávio Roscoe, do líder comercial da ESC, Felipe Cruz, e do cônsul britânico em Minas Gerais, Lucas Brown.
De acordo com a Fiemg, o termo de cooperação com CIT Senai tem o objetivo de criar um centro de pesquisa, desenvolvimento e inovação com as instalações, além de promover parcerias necessárias para atender às necessidades de descarbonização das indústrias mineiras. A ESC, empresa do Reino Unido, participa da ação por ser uma organização de inovação especializada em acelerar a transição para um sistema energético de baixo carbono, ou seja, que reduza emissões de CO2 na atmosfera.
Ainda de acordo com a Fiemg, a empresa trabalha em estreita colaboração com empresas, governo e academia para desenvolver soluções inovadoras e tecnologias avançadas que possam transformar a forma como gerar, armazenar e utilizar energia.
“Por meio desta parceria, iremos aperfeiçoar o intercâmbio entre as áreas de pesquisa e de inovação das duas instituições e, com isso, promover o desenvolvimento econômico regional e nacional, especialmente no âmbito da descarbonização industrial”, explicou Flávio Roscoe
Pioneirismo
Durante o evento, Felipe Cruz, da ESC, lembrou que Minas Gerais foi o primeiro estado da América Latina a aderir às metas da campanha Race to Zero. Entre outras iniciativas, o memorando de cooperação técnica prevê a troca de conhecimento entre Brasil e Reino Unido, por meio de missões internacionais, realizações de seminários e a identificação de empresas mineiras que possam utilizar soluções britânicas para descarbonização.
O representante da ESC destacou que a questão da descarbonização, além de ser uma emergência mundial, é também uma grande oportunidade de gerar bons negócios: “É uma chance de causar impacto positivo para os dois lados e de Minas Gerais se tomar uma liderança nacional. Estamos vivenciando uma revolução industrial verde que também é uma chance de fazermos algo positivo para as próximas gerações. Mas, para isso, precisamos unir forças com atores diversos deste ecossistema, como a iniciativa privada, academia e poder público. A assinatura deste memorando é um exemplo prático disso”.
O cônsul britânico em Minas Gerais, Lucas Brown, reforça que a pauta climática está na ordem do dia e traz possibilidades de geração de riquezas, trabalho e melhoria na qualidade de vida das pessoas: “O Reino Unido já tinha uma parceria sólida com Minas Gerais, mas agora ela está sendo expandida com a aproximação, o que pode atrair novas empresas para o estado e promover uma competição saudável com as demais federações de indústrias”.