O clima na audiência pública sobre o tombamento da Serra do Curral no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) foi tenso na noite de terça-feira (21).
A maior parte do público e os inscritos para falar ficaram do lado de fora, pois o auditório foi fechado antes que pudesse lotar. Isto causou confusão e atrasos na permissão de entrada das pessoas, levando a protestos antes de finalmente serem autorizadas a participarem.
A mesa central de discussão foi ocupada por procuradores e representantes da Taquaril Mineração S/A (Tamisa), mineradora que reivindica o direito de mineração no território. No entanto, eles não falaram com a imprensa.
As inscrições para falar na audiência começaram no início do mês e a agenda foi definida em conformidade. No entanto, ativistas ambientais criticaram a exclusão de certos participantes sem qualquer explicação clara.
Um total de 63 pessoas se inscreveram nesta audiência pública, o suficiente para ocupar mais da metade do auditório do TJMG, com capacidade para 100 lugares. Mas, no final, não foi bem essa a realidade.
Outra questão levantada foi a falta de tempo para apreciação dos documentos apreciados na audiência.
O que está sendo discutido sobre a Serra do Curral?
Essa audiência pública debate o futuro da Serra do Curral e 40% do abastecimento de água na região metropolitana de Belo Horizonte – 70% só na capital. Por um lado, os ambientalistas exigem que a montanha, incluindo Belo Horizonte e o túnel próximo a Tacuarir, sejam tombados como patrimônio e, por outro, a Mineradora Tamisa está solicitando autorização para explorar a área.