
A Associação dos Municípios da Microrregião do Médio Rio Piracicaba (Amepi) manifestou grave preocupação com os recentes eventos que têm afetado diretamente a economia da região. Entre os principais pontos destacados pela associação estão o cancelamento da expansão da Usina de João Monlevade, a paralisação da Mina de Água Limpa e a implementação de uma taxa de 25% sobre o aço brasileiro, uma medida adotada pelos Estados Unidos. Esses fatores podem afetar não apenas as receitas municipais, mas também os empregos e o desenvolvimento de diversos setores econômicos.
Segundo Augusto Henrique, prefeito de Rio Piracicaba e presidente da Amepi, essas mudanças exigem uma reflexão urgente sobre o futuro da economia local. “A dependência excessiva de setores como mineração e siderurgia, que historicamente sustentaram a região, nos coloca em uma posição vulnerável diante de crises como as que estamos enfrentando agora. Precisamos diversificar nossas bases produtivas para garantir um desenvolvimento mais sólido e sustentável”, afirmou o líder regional.
Diversificação econômica
A Amepi propõe um novo modelo de desenvolvimento para a região, com foco na diversificação econômica. Além de buscar alternativas para os setores tradicionais, como a mineração e a siderurgia, o movimento sugere investimentos em áreas promissoras, como tecnologia, turismo, agronegócio, educação e novos ramos industriais. “Não podemos mais esperar que a economia local dependa exclusivamente de um único setor, especialmente quando ele é afetado por fatores externos. A diversificação é a única forma de garantir um crescimento mais equilibrado e resiliente para nossos municípios”, afirmou Henrique.
A necessidade de ação estratégica é iminente. Cidades como Itabira e São Gonçalo do Rio Abaixo já vêm adotando medidas para reduzir sua dependência da mineração, mas, segundo a Amepi, essas iniciativas precisam ser ampliadas e aceleradas por toda a região, com a união de prefeitos, empresários, lideranças comunitárias e órgãos governamentais.
Amepi busca colaboração e planejamento para um futuro sustentável
A Associação dos Municípios do Médio Piracicaba conclama todos os atores sociais, incluindo o governo do Estado, a Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais (Amig), a Associação Mineira de Municípios (AMM) e a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), a se unirem para discutir caminhos concretos para a renovação econômica da região.
“O desafio é grande, mas estamos convictos de que, com planejamento, inovação e colaboração, conseguiremos construir uma base econômica nova e sólida, que seja capaz de gerar emprego, renda e qualidade de vida para a nossa população”, afirmou Augusto Henrique. A luta, segundo ele, exige ação imediata para que as mudanças necessárias sejam implementadas o mais rápido possível. “O tempo é curto, mas juntos podemos garantir que a região do Médio Piracicaba tenha um futuro mais próspero e diversificado”, concluiu.