Cidades e Minerais conversou com José Fernando de Oliveira, o atual presidente da Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais e do Brasil (Amig) e também prefeito de Conceição do Mato Dentro, sobre a sua gestão na associação.
José Fernando fala sobre a evolução da Amig nesses últimos dois anos, no seu crescimento e consolidação como uma entidade nacional de municípios mineradores. “Nós saímos de apenas 25 municípios para 50 municípios filiados; antes possuíamos apenas dois estados, hoje já temos cinco e até o final deste ano teremos sete”, diz o atual presidente da associação.
Sobre a linha de trabalho da Amig, José Fernando afirma que seguem as três essências: “Sustentabilidade, Segurança e Diversificação Econômica” como conceitos base. “A Amig cresceu, se firmou como uma entidade nacional de municípios mineradores e a pauta é um tripé: Sustentabilidade, Segurança e Diversificação Econômica. É nessa linha que trabalhamos, dentro desses conceitos. Sobretudo depois de Mariana e Brumadinho não se pode pensar em uma mineração que não tenha no seu DNA a segurança de suas atividades, a sustentabilidade nas suas ações e a diversificação econômica, porque a atividade é finita; o minério não dá duas safras”.
Quando questionado sobre os órgãos, atualmente, serem mais técnicos ou políticos, o atual presidente da Amig não hesita na resposta. “Mais técnicos, não tenha dúvida. Como tem que ser! Nós temos que ver a mineração do ponto de vista técnico, social, ambiental, cultural, ético e moral. Mas tendo a base técnica como fundamento primordial das ações dessa mineração que precisa recuperar valores”, afirma ele.
Por fim, sobre a dívida da Vale, José Fernando diz achar inaceitável a ação da empresa para com a população de onde ela atua. “Eu acho que a Vale precisa fazer uma reflexão do que realmente quer para a imagem dela mesma, ela precisa internalizar questões fundamentais para a sociedade onde atua, não dá para ficar dando calote de uma dívida que é líquida e certa, que foi auditada pela agência nacional de mineração, sendo 2,4 bilhões de reais para 28 municípios” confessa ele.