Os itabiranos acordaram assustados com o risco iminente de desabamento de um casarão no centro histórico da cidade. Por volta das 8h, a Defesa Civil Municipal recebeu uma série de denúncias de deslizamento de terra no terreno. Em conversa com a imprensa, no local, Nilma Macieira, coordenadora do órgão informou que medidas emergenciais já foram tomadas.
“As denúncias eram de que os fundos do casarão, adjacente ao prédio do Banco do Brasil, estavam entrando em colapso. De imediato solicitamos que a Transita interditasse a via (Avenida Daniel de Grisolia) por medida de segurança e acionamos o Corpo de Bombeiros para nos auxiliar na evacuação dos prédios que circundam o casarão. A ideia é prevenir que as pessoas sejam colocadas em risco, no caso de um colapso imediato do casarão”, detalhou.
Moradores de casas e prédios no entorno da construção em risco, bem como funcionários das lojas que funcionam na região foram retirados do local. A coordenadora da Defesa Civil também informou como serão decididos os próximos passos. “Os pluviômetros do município registraram de 100 a 110 milímetros de chuva nas últimas 72 horas. Nos últimos dias, Itabira vem lidando com chuvas constantes e em grande volume. Já há diversas ocorrências de deslizamentos na cidade. Temos um grupo de Gestão Integrada de Riscos e Desastres que está reunido para decidir o que faremos daqui pra frente”, finalizou Nilma.
A Prefeitura de Itabira deve convocar uma coletiva de imprensa para fornecer informações mais detalhadas sobre as condições estruturais do casarão e novas medidas de prevenção.
Entenda o caso do casarão
No dia 4 de janeiro de 2024, a Defesa Civil de Itabira interditou as obras de desterro nos fundos do terreno do casarão. A ação foi tomada depois que a movimentação de maquinários pesados no local, que tem acesso pela Avenida Daniel Jardim de Grisolia, causou deslizamento de terra e comprometeu a estrutura dos prédios do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal. À época, a Defesa Civil municipal interditou, temporariamente, parte da agência da Caixa, onde estão instalados os caixas eletrônicos.
Em 29 de janeiro do mesmo ano, o Banco do Brasil apresentou um parecer técnico da empresa BRG Engenharia, recomendando a desocupação da sua agência, pois não era possível garantir a estabilidade da edificação. O mesmo laudo respaldou, em 5 de fevereiro, a desocupação do prédio da Caixa Econômica Federal.
Em maio de 2024, as duas agências receberam autorização para voltar a funcionar em seus endereços de origem. O Banco do Brasil, desde então, segue atendendo aos clientes normalmente. A Caixa, entretanto, não retomou as atividades no prédio localizado ao lado do terreno do casarão. Para conseguir atender aos clientes, o banco abriu um novo ponto na rua Dr. Sizenando de Barros, em setembro, mantendo o antigo endereço desocupado.
As intervenções no terreno do casarão não foram retomadas. Para conseguir manter a integridade estrutural da casa, obras de contenção chegaram a ser realizadas no local.
