Termina nesta quinta-feira (14) a 11ª Edição do Congresso Brasileiro de Mina a Céu Aberto e Mina Subterrânea (CBMINA). O evento, um dos mais tradicionais acontecimentos do setor mineral, é realizado pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) em parceria com o Departamento de Engenharia de Minas da Universidade (Demin) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), reunindo painéis sobre relevantes temas, como soluções para mitigar os impactos da mineração.
Desde o início da semana, pesquisadores, especialistas e representantes de entidades ligadas ao setor mineral participam de apresentações de inciativas relacionadas à sustentabilidade. O evento também abre espaço para pesquisas acadêmicas que contribuem para o desenvolvimento da mineração. Saiba mais.
Nesta quarta-feira, dois painéis tiveram destaque durante a programação. O primeiro, moderado pelo Gerente Sênior da Kinross Brasil Mineração, Élder Marino, teve o tema “Eletrificação de veículos, descarbonização e eficiência energética na mineração”. O trabalho apresentou detalhes sobre como a legislação brasileira ainda precisa se adequar para conciliar a substituição de equipamentos a diesel por elétricos na ventilação de lavras subterrâneas e também na frota de veículos. O painel contou com a participação de representantes da Vale e da AngloGold Ashanti.
Outro tema relacionado à sustentabilidade foi desenvolvido no painel “Fechamento de Mina: Projetos e Soluções para Recuperação de Áreas Mineradas e Controle Ambiental”. A apresentação projeta como o planejamento e gerenciamento dos fechamentos de minas terão influência decisiva sobre os custos e benefícios da mineração para a sociedade.
O trabalho foi moderado pelo professor Professor do Departamento de Engenharia de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), Hernani Mota de Lima, com participação de outros especialistas no assunto.
Cenário complexo
Participante do primeiro painel, a Engenheira de Minas – Projetos Descarbonização, Ana Clara Bicalho, comentou a necessidade de a mineração aprofundar cada vez mais as ações de mitigação de impactos ambientais e sociais, até chegar a um ponto em que esse debate não será mais tão urgente. No atual contexto, as inciativas ligadas à agenda ESG e compliance precisam ser priorizadas pelas companhias.
“A gente está caminhando para um cenário de complexidade cada vez maior, principalmente no cenário regulatório, naquilo que é relacionado ao licenciamento ambiental, ao social. A parte técnica está sendo cada vez mais regulamentada. Isso deixa mais relevantes os riscos de impactos em imagem e reputação, além dos riscos em geral atrelados às nossas operações na mineração. Eleva as demandas das autoridades e nos faz ficar sempre atentos com as diretrizes de todos os nossos projetos”.
A 11ª Edição do CBMINA tem a cobertura do CidadesMineradoras.com.br, em parceria com a MM Advocacia Minerária. A programação completa da está no link.