A Meteoric Resources NL deve investir mais de R$ 1 bilhão para a extração de terras raras em Poços de Caldas, no Sul de Minas. O protocolo de intenções assinado pela empresa australiana e o Governo de Minas prevê a extração de argila iônica. A expectativa é de que o projeto gere 700 empregos diretos.
A solenidade de assinatura do documento ocorreu nessa quarta-feira (9), em Poços de Caldas. Na ocasião o govenador Romeu Zema destacou o novo cenário vivido por Minas Gerais em relação a transição energética: “Nós temos provado que é possível ter mineração com responsabilidade ambiental e social. No Vale do Lítio, temos a empresa Sigma, que tem hoje o lítio mais verde do mundo, pois utiliza energia renovável e consome pouquíssima água. O que nós queremos é isso, uma mineração segura e verde”.
Otimismo
O diretor-presidente da Invest Minas, João Paulo Braga, acredita que o acordo pode colocar Minas Gerais entre os maiores produtores desse tipo de mineral no mundo, assim como do lítio. Ele acredita que o projeto tornará o estado protagonista no cenário da transição energética.
“A confirmação do minério e esse investimento da Meteoric, em Poços de Caldas, são suficientes para impactar a indústria extrativa de terras raras no mundo, colocando Minas Gerais e o Brasil novamente em destaque, assim como aconteceu recentemente com o Vale do Lítio. São oportunidades que estão se abrindo para que nosso estado seja um dos principais atores nos processos de transição energética e de descarbonização da economia mundial”, enfatiza Braga.
O diretor executivo da Meteoric, Marcelo de Carvalho, completa: “Não só nós acreditamos nesse projeto, mas os investidores também. Tenho certeza que esse é o maior projeto de terras raras do mundo”.
Os minerais
Os minerais a serem explorados pela Meteoric Resources são utilizados em várias indústrias, principalmente na produção de energia renovável (turbinas eólicas e células fotovoltaicas), cabos, ímãs, baterias, entre outros produtos e equipamentos. Eles são considerados também pelo Governo Federal essenciais para desenvolver as indústrias estratégicas. Saiba mais.
Atualmente, a China concentra cerca de 90% da produção mundial de terras raras. Os estudos sobre a qualidade e a quantidade dessas reservas são feitos há 12 anos pela Togni e os ensaios apontaram que o material possui um alto potencial mercadológico no Brasil.
“Esse projeto é o único do mundo que sobrevive com os preços atuais de terras raras fora da China. Por isso, nós acreditamos que esse projeto pode quebrar o monopólio chinês com terras raras”, opina o diretor executivo da Meteoric.
As informações são da Agência Minas.