O rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, gerou incontáveis impactos para a cidade e sua população. Apesar de reconhecer a importância da atividade mineradora para o município, Mariana ainda enfrenta as amargas consequências da maior tragédia ambiental do mundo.
Em 2015, quando a barragem se rompeu e a lama de rejeitos cobriu a região, um conjunto de iniciativas foi mobilizado a fim de mitigar os efeitos imediatos da tragédia. Em entrevista ao Cidades e Minerais, Duarte Júnior, prefeito da cidade na época do acidente, compartilhou as principais dificuldades enfrentadas no primeiro momento. Segundo Duarte, a prefeitura municipal priorizou a segurança das famílias atingidas como medida emergencial. No entanto, o poder público de Mariana não recebeu suporte para a contenção do desastre.
“Nós tivemos que nos adequar e ajustar a máquina pública dentro de uma realidade que não foi pensada por nós. Então, foi muito difícil enfrentar essa dificuldade (e aqui, eu afirmo com toda tranquilidade) sem apoio nenhum. As mineradoras não ajudaram em nada, nós precisamos enfrentar essa tragédia sozinhos.”
Apesar dos impactos imensuráveis causados pela tragédia, o poder público e a população não se posicionaram de forma contrária a atividade mineradora. De acordo com Duarte Júnior, a prefeitura e os moradores da cidade reafirmaram, publicamente, a importância da mineração para a economia e geração de empregos. Portanto, a mobilização social foi pela manutenção da segurança e pela punição dos responsáveis, questões que, até então, aguardam decisões judiciais e soluções.
Pensando na manutenção ambiental, na infraestrutura e nas indenizações à diversas famílias afetadas, foi criada a Fundação Renova. No entanto, quase oito anos após a tragédia, diversas questões permanecem em aberto aguardando soluções eficazes.
Para saber mais sobre Fundação Renova e a atividade mineradora no município de Mariana, atualmente, clique no link https://cidadeseminerais.com.br/1027-2/