A histórica Maria Fumaça da Praça do Areão, em Itabira, passará por restauração nos próximos meses. A locomotiva a carvão foi fabricada na década de 1940 e funcionou entre 1945 e 1960. Ela foi uma das primeiras a transportar o minério de ferro de Itabira para o Porto de Tubarão, no Espírito Santo, segundo registros do município.
A Prefeitura de Itabira, por meio das secretarias de Desenvolvimento Urbano e Obras, iniciou os trabalhos de restauro na última semana, para recuperar o arco e a locomotiva que integram o conjunto paisagístico.
A diretora do Patrimônio Histórico e Cultural (DPHC) da Prefeitura de Itabira, Elyza Mendes, explica que não há nenhuma documentação sobre quando a Maria Fumaça foi implantada na praça do Areão: “O que sabemos, através de relatos, é que sua última revitalização aconteceu em 2010, quando foi instalado o guarda-corpo de vidro em seu entorno. Devido a ato de vandalismo o guarda-corpo foi danificado e retirado em 2021”.
De acordo com prefeitura, por conta do precário estado de conservação, vistorias foram realizadas no monumento. A partir delas a DPHC constatou a necessidade de uma restauração metalográfica, ou seja, para recuperar peças metálicas danificadas ou desgastadas. Para isso, foi preciso conseguir mão de obra especializada.
“Esse restauro é complexo, por isso encontramos muitas dificuldades para levantamento de orçamentos, elaboração de planilhas e especificidades do processo”, ressaltou Elyza Mendes.
Por conta das obras, o acesso à Maria Fumaça ficará restrito nos próximos meses, com o monumento cercado até o fim dos trabalhos, por medida de segurança. A praça, no entanto, continuará aberta à visitação do público.
Tombamento da Maria Fumaça
A locomotiva movida a carvão foi uma das primeiras a transportar o minério de ferro de Itabira para o Porto de Tubarão, no Espírito Santo. Por conta da queima do combustível em seu modelo de funcionamento, foi apelidada de Maria Fumaça.
O monumento foi tombado pelo município por meio do Decreto nº 2050/1998 e reconhecido pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha) de Minas Gerais para fins de pontuação e captação dos recursos do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS Cultural).