Itabirito, a “pedra que risca vermelho”
Com vários roteiros turísticos, a cidade cujo o nome em Tupi Guarani significa “pedra
que risca vermelho”, Itabirito, também está inscrita na Associação dos Municípios do
Circuito do Ouro. Pertencente a Bacia do Rio das Velhas e posicionada no Quadrilátero
Ferrífero, Itabirito associa seu início à descoberta do ouro nas regiões próximas, como Ouro
Preto e Sabará. A proximidade com esses locais, fez com que a área fosse ocupada por
colonos e imigrantes, no fim do século XVII.
No ano de 1709, a extração de ouro no local, que hoje é conhecido como distrito-sede
da cidade, se intensificou, sobretudo nas minas de Cata Branca e Córrego Seco, referentes a esse período. Isso ocorreu, devido à chegada de Capitão-mor Luiz de Figueiredo Monterroio e de Francisco Homem Del Rey à região do Pico de Itabirito, anterior Pico de Itaubyra. Porém mesmo com essa importância do ouro, a antiga Itabira do Campo, distrito vinculado à cidade de Ouro Preto e criado em 1752, não teve sua economia completamente abalada com a oscilação econômica, que ocorreu a partir de 1760, decorrente da redução de ouro no estado como sucedeu em outros municípios pertencentes ao circuito do ouro. Isso, graças às atividades agrícolas, pecuárias e aos trabalhos de extrações auríferas.
No entanto, o rendimento escasso das lavouras e o desabamento da mina de Cata
Branca, em 1844, desequilibrou a economia da cidade, que já não era a mesma desde a crise econômica do ouro. A atual cidade de Itabirito só teve sua situação financeira reerguida quarenta anos depois, a partir da década de 1880 com a industrialização dos municípios.
A criação de empresas de siderurgia, tecidos e couro, e construção da Estrada de Ferro Dom Pedro II colaboraram para o aumento da população na área que, com o desenvolvimento estabelecido, teve sua emancipação municipal em 1923. Atualmente, sua principal vocação econômica provém da atividade extrativo-mineral.