Obras de melhorias em acessos a municípios situados ao longo das margens das BR-381 têm gerado congestionamentos e reclamações dos motoristas nas últimas semanas. O problema vem ocorrendo nos trevos de São Gonçalo do Rio Abaixo, no Médio Piracicaba, e de Jaguaraçu, no Vale do Aço, ambos no trecho que liga Belo Horizonte a Governador Valadares.
Em São Gonçalo do Rio Abaixo, desde o último dia 15 de setembro, a circulação está alterada, com os veículos passando em alças do Trevo, próximo à comunidade de Passa Dez. A obra, realizada pela Prefeitura, prevê passagem superior, rotatórias laterais nos dois sentidos e passagem através de um túnel por baixo da rodovia. Ô trânsito no local flui lento desde o início das obras, no esquema pare e siga. O objetivo da intervenção, segundo a Prefeitura, é garantir mais segurança aos usuários e melhorar o acesso à cidade mineradora.
Já em Jaguaraçu, o recapeamento da pista próximo ao trevo gera filas que podem durar, em média, 40 minutos, segundo apuração do Diário do Aço. A obra é realizada pelo Batalhão de Engenharia do Exército há cerca de dois meses, afetando o tráfego de veículos nos dois sentidos. Em nenhum dos casos foi divulgada a previsão de término das intervenções.
Concessão da BR-381
O edital para a concessão do trecho da BR-381 entre Governador Valadares e Belo Horizonte foi publicado no último mês de julho, prevendo leilão para definir a concessionária vencedora no próximo dia 24 de novembro. Na véspera do lançamento do edital, o diretor da Agência Nacional de Transportes (ANTT), Guilherme Theo Sampaio, apresentou detalhes sobre o projeto e o investimento previsto nas obras da rodovia.
A apresentação ocorreu em evento realizado pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística de Minas Gerais (Setcemg), em Belo Horizonte. Sampaio destacou que a concessão valerá por 30 anos, com investimentos de mais de R$ 9 bilhões em obras e na manutenção da estrada durante o período, feitos pela empresa que assumir o trecho.
“Nós temos uma previsão de investimentos entre o segundo e oitavo ano. A concessionária assume em 2024, e o primeiro ano é aquela fase de trabalhos iniciais, de mapear a concessão, melhorar a segurança e a fluidez, sobretudo com sinalização vertical e horizontal. A partir do segundo ano, começam as grandes obras para finalizar o período inicial até o oitavo ano. Então, vamos dizer que até 2032 teremos as duplicações e as principais obras realizadas”, detalhou o diretor da ANTT.
Para os dois primeiros anos estão previsto cerca de R$ 1,1 bilhão em investimentos, com a finalização das intervenções na BR-381 entre Belo Horizonte e Governador Valadares previstas para 2032. A arrecadação final para a concessionária após os 30 anos de concessão é estimada em R$ 25,73 bilhões pela ANTT.