Desde a última terça-feira (5), a barragem PDE3 da mineradora Vale, localizada na mina Brucutu, em São Gonçalo do Rio Abaixo (região Central do Estado), está considerada estável. A estrutura recebeu a Declaração de Condição de Estabilidade (DCE) positiva, sendo a terceira da empresa a deixar o nível de emergência em 2023.
Para receber a declaração, a estrutura passou por obras de reforço. Construída pelo método de etapa única, a barragem abriga em torno de 70 mil m³ de sedimentos. A empresa informou que, somente em 2022, outras oito barragens deixaram o nível de emergência. Estão inativas outras 20 que ainda restam com algum nível de emergência e mais 11 estruturas estão em processo de descaracterização.
Em nota, a Vale garantiu que as barragens são monitoradas permanentemente e que elas recebem ações contínuas para aprimorar a segurança. A empresa afirma que as melhoria nas condições de segurança das estruturas refletem o esforço da mineradora para implementar medidas sob um novo sistema de gestão das estruturas de disposição de rejeitos.
De acordo com a mineradora, as medidas são baseadas nos aprendizados com o rompimento da barragem em Brumadinho e pelas “melhores práticas internacionais, como as definidas no Padrão Global da Indústria para a Gestão de Rejeitos”.
Desastres
Em 2015, a primeira grande tragédia humana e ambiental envolvendo a Vale ocorreu com o rompimento da barragem de Fundão da Samarco, sua subsidiária, em Mariana. O episódio resultou na morte de 19 pessoas no distrito de Bento Rodrigues e na contaminação da bacia do Rio Doce com rejeito de mineração.
Já em janeiro de 2019, 272 pessoas morreram após o rompimento da barragem da Mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho. Na ocasião, o rejeito contaminou a bacia do Rio Paraopeba. Desde as tragédias, a mineradora vem pactuando acordos na justiça, para reparar os danos causados. Saiba mais.