Uma força-tarefa com 120 agentes mobilizou Minas Gerais na última sexta-feira (25) em uma ofensiva contra o garimpo ilegal de ouro na região do Campo das Vertentes. A ação, batizada de “Fogo no Garimpo”, resultou na prisão de sete pessoas e na destruição de oito estruturas de extração clandestina que operavam em leitos dos rios Grande e das Mortes, cortando oito municípios da região.

Garimpos operavam sem autorização e utilizavam balsas com maquinário pesado

A operação contra os garimpos ilegais, coordenada pelas polícias Militar de Meio Ambiente, Federal e pelo BOPE (Batalhão de Operações Policiais Especiais), fiscalizou 16 frentes de extração ilegal em cidades como Tiradentes, São João del-Rei, Ritápolis, Conceição da Barra de Minas, São Tiago, Nazareno, Ibituruna e Itutinga. De acordo com os agentes, as bases clandestinas operavam com balsas equipadas com sistemas de sucção para retirada de ouro diretamente do leito dos rios — sem qualquer licença ambiental ou autorização dos órgãos competentes.

Além da destruição das balsas, as equipes apreenderam duas armas de fogo, dois tabletes de maconha e uma quantia em dinheiro obtida de forma ilegal, cujo valor não foi divulgado. Mais de 30 pessoas foram abordadas durante a ação, e sete pontos irregulares foram formalmente identificados.

A ofensiva em cima dos garimpos ilegais envolveu uma estrutura logística robusta, com helicópteros, drones, barcos, viaturas e até jet-skis para garantir o cerco às áreas de garimpo nos rios. O trabalho contou com apoio de fiscais do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e da ANM (Agência Nacional de Mineração), que auxiliaram na identificação e desmonte dos equipamentos utilizados nas operações ilegais.

A ação reforça o posicionamento do estado contra atividades de mineração clandestina, que causam sérios impactos ambientais e ameaçam ecossistemas fluviais em regiões de grande valor histórico e turístico como o Campo das Vertentes.