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Entrevista com o prefeito de Itabira, Marco Antônio Lage: “Governar é cuidar de gente”

Foto: Divulgação - Prefeito reeleito fala sobre as estratégias de governo e comenta os principais problemas enfrentados em Itabira

 

Vindo de uma longa carreira na iniciativa privada, sobretudo na multinacional Fiat, onde foi diretor de Comunicação e Sustentabilidade para a América Latina, o jornalista Marco Antônio Lage ganhou a confiança da população de Itabira, cidade do Médio Piracicaba, em seu primeiro pleito (2020) e acaba de ganhar mais quatro anos de mandato para dar seguimento à gestão.

Nesta entrevista exclusiva, ele fala sobre os principais desafios enfrentados e as expectativas para o novo mandato na cidade pioneira da mineração do ferro no país:

 

Quais os principais desafios superados durante o atual mandato?

Nós encontramos na cidade em 2021 a Covid, que era um desafio de todo o país, de todo o mundo, e esse foi o primeiro grande desafio: o combate à pandemia e vencido. E depois os gaps sociais, os problemas de sucateamento na educação, na saúde, nos serviços públicos de maneira geral, trans[1]porte público, esporte, lazer na cidade.

Então, todo esse bem-estar público que seria naturalmente gerado por um serviço público de qualidade, foi desafiador a gente retomar isso e colocar para que a população pudesse ser bem assistida. Governar é cuidar de gente e dessa forma nós precisávamos focar e dar uma prioridade na educação, saúde e saneamento, todas essas áreas chamadas de eixo humano, para poder governar e administrar uma cidade.

 

O que pretendem concluir ainda este ano?

Dentro deste perímetro do eixo humano, nós estamos concluindo ainda obras de novas UBS, iniciar a obra da UPA, que é importante para uma cidade com mais de 100 mil habitantes como Itabira, terminar de reformar as escolas, as quadras esportivas, a mobilidade urbana, que é um projeto que se iniciou e nós vamos avançar ainda. A feira livre dos produtores está sendo coberta porque era ao relento e nós estamos fazendo uma cobertura muito importante para se tornar um espaço multiuso.

Então é isso, são projetos que finalizam até o final do ano, mas que são programas que vão ter continuidade permanente, políticas públicas afirmativas, mas que terminam sobretudo do ponto de vista obra física, muitas delas, a gente termina este ano ainda.

 

Finalmente, o Governo Federal conseguiu, por meio do leilão realizado no final de agosto, uma empresa interessada em assumir a duplicação da BR-381 entre G. Valadares e Caeté, e o próprio governo assumiu a duplicação do trecho mais crítico, entre BH e Caeté. Caso a rodovia seja mesmo duplicada, sem intercorrências, o que mudará para Itabira?

A gente agora está muito mais confiante, porque o Governo Federal assumiu o trecho que seria o maior gargalo entre Caeté e Belo Horizonte, que é um trecho mais difícil de encontrar uma parceria, por isso os leilões estavam um deserto. Eu acho que agora essa obra caminha e para Itabira é fundamental, porque é o trecho que falta para a duplicação até BH. E claro, nós temos também o outro projeto de duplicação do trevo da 381 até Itabira, que são 36 quilômetros, e que vai nos dar também essa infraestrutura viária necessária para que a gente possa trabalhar o nosso projeto de diversificação econômica.

 

O abastecimento de água em Itabira vem representando um desafio para a administração municipal, que vem buscando soluções alternativas, como a captação de água do Rio Tanque, para suprir a demanda da população. Como vislumbrar a atração de novas empresas e investimentos em Itabira tendo um problema dessa magnitude?

O abastecimento de água para qualquer cidade é saúde, é fundamental, ninguém pode viver sem água. Isso era um drama em Itabira histórico, de mais de 30 anos. Itabira vem sofrendo com falta de água nos períodos de estiagem. É claro que isso também é em função muito da atividade mineral por mais de oito décadas, que consome muita água. Itabira era um manancial de água no passado, então o dever da Vale será cumprido de recuperar e reabastecer a cidade de água, o que é fundamental para a população e também para a diversificação econômica, porque a água é fundamental para a gente desenvolver os novos condomínios industriais que estão sendo planejados para Itabira.

E recentemente nós tivemos essa boa notícia, as obras de transposição das águas do Rio Tanque foram consideradas de utilidade pública, que é o passo mais importante agora para licença de uma obra bilionária que a Vale vai realizar para que a gente possa ter água em abundância em Itabira, água em abundância para a população e água suficiente para a gente poder montar essa nova estrutura industrial que nós planejamos para Itabira.

 

A entrevista completa você vê no nosso canal no Youtube. Ela também está na edição de outubro da revista Cidades & Minerais. Chame no WhatsApp pelo (31) 98798-5580 e adquira seu exemplar.

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