As distribuidoras de combustíveis em Minas Gerais alcançaram um marco histórico em 2023, ao comercializarem 17,4 milhões de metros cúbicos (m³) de combustíveis, o maior volume já registrado desde o início da série histórica da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), em 2000. Esse volume representa um crescimento de 5,7% em comparação ao ano anterior, refletindo uma forte demanda no mercado estadual.
Gasolina, etanol e os números dos combustíveis
O principal responsável por esse recorde foi o etanol hidratado, que viu uma explosão na demanda. O produto teve um aumento de 32,5%, saltando de 1,9 milhão de m³ em 2022 para 2,5 milhões de m³ em 2023. Esse avanço significativo se deve, principalmente, à competitividade do etanol em relação à gasolina.
Por outro lado, a gasolina comum registrou uma queda nas vendas de 4,7%, passando de 4,8 milhões de m³ para 4,6 milhões de m³. O comportamento do mercado indica uma mudança nas preferências dos consumidores, impulsionada, sobretudo, pela diferença de preços entre os dois combustíveis.
De acordo com o levantamento feito por Schupp, em 2024, a gasolina comum teve uma alta de R$ 0,57 no preço médio de venda ao consumidor, enquanto o preço do etanol subiu R$ 0,27. Essa diferença fez com que a paridade de preço entre o etanol e a gasolina, que em 2023 era de 69%, caísse para 67%, favorecendo ainda mais o biocombustível na hora da escolha do consumidor.
Esses números demonstram uma tendência crescente de preferência pelo etanol em Minas Gerais, o que pode ter reflexos importantes para o mercado de combustíveis nos próximos anos, além de reforçar a competitividade do biocombustível no Estado.