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Série Debaixo da Terra, Acima dos Padrões: Trabalho em Altura

Foto: Pro Life Engenharia - Toda a operação deve ser planejada e executada com o maior cuidado possível para garantir que o trabalho em altura seja realizado de forma segura e eficaz

 

O setor de mineração é notório por suas operações em ambientes desafiadores e de alto risco, tornando a segurança ocupacional uma prioridade máxima. Quando se trata de trabalho em altura, os desafios e perigos associados são amplificados. As operações podem ocorrer tanto a céu aberto quanto em minas subterrâneas, mas o perigo associado ao trabalho em altura é uma constante. O trabalho em altura começa a partir de dois metros acima do solo e requer cautela excepcional e protocolos rigorosos de segurança.

Antes de qualquer atividade de trabalho em altura, é crucial realizar uma análise de risco detalhada. Nesta fase, a equipe de Segurança e Saúde no Trabalho (SST) se concentra na identificação de riscos potenciais. Além das contribuições profissionais, os trabalhadores também podem contribuir com suas observações valiosas para uma avaliação abrangente. Esta análise serve para definir procedimentos de trabalho, equipamentos de proteção individual e coletiva necessários, e planos de emergência e resgate. Avalia-se tudo, desde o local onde a atividade será realizada até condições climáticas e sistemas de comunicação.

Uma vez que a análise de risco é concluída, ela deve ser documentada e estar disponível para consulta durante toda a duração do projeto. A análise também deve ser atualizada diariamente para se adaptar a quaisquer mudanças no ambiente, como condições climáticas variáveis ou a introdução de novos equipamentos. A partir daí, um checklist de segurança é elaborado como um protocolo a seguir antes do início de qualquer atividade de trabalho em altura. Isso também é acompanhado por um documento de Permissão de Trabalho de Alto Risco, que deve ser assinado pelo supervisor ou um membro qualificado da equipe de SST.

O próximo passo é preparar fisicamente o local para a atividade. Isso envolve o isolamento e a sinalização do local para evitar acidentes com pedestres ou veículos que passam. Se a área não puder ser completamente isolada, então proteções como coberturas ou plataformas devem ser instaladas para garantir a segurança daqueles abaixo da área de trabalho.

Trabalho em altura deve ser planejado

Depois de todas essas precauções, chegamos à fase de implementação dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). Os EPIs são rigorosamente selecionados com base na análise de risco e podem incluir calçados de segurança, capacetes, luvas de raspa ou vaqueta, trava-quedas, cintos de segurança tipo paraquedista com talabartes, e óculos de proteção. Treinamentos e reciclagens são necessários para garantir que os trabalhadores saibam como usar esses equipamentos corretamente. Além disso, um sistema eficaz de comunicação e supervisão deve estar em vigor para monitorar o progresso e quaisquer problemas emergentes.

Toda a operação deve ser planejada e executada com o maior cuidado possível para garantir que o trabalho em altura seja realizado de forma segura e eficaz. E se em qualquer momento forem identificados riscos adicionais, é imperativo relatar as não-conformidades à linha de comando para avaliação e ação imediatas. Somente quando todas as medidas de segurança necessárias são estritamente observadas e implementadas, o trabalho em altura pode ser realizado com a máxima segurança.

Rodrigo Oliver é Engenheiro de Segurança do Trabalho e Higienista Ocupacional, com consultorias prestadas para mais de 200 empresas na área de mineração; responsável técnico pelo software eSocial Brasil e pela rede de clinica médicas ocupacionais Pro Life, com atuação em Itabira, Barão de Cocais, Nova Lima, Itabirito, Mariana e Congonhas..
Rodrigo Oliver é Engenheiro de Segurança do Trabalho e Higienista Ocupacional, com consultorias prestadas para mais de 200 empresas na área de mineração; responsável técnico pelo software eSocial Brasil e pela rede de clinica médicas ocupacionais Pro Life, com atuação em Itabira, Barão de Cocais, Nova Lima, Itabirito, Mariana e Congonhas.
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