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Sócio: problema ou solução?

Escolher um sócio que não possui uma mesma visão de gestão e que não tenha capital para investir, pode trazer muito mais problemas do que soluções
Ter o seu próprio empreendimento é um desejo de uma boa parte dos profissionais. Mas, constituir uma empresa e levá-la a ter bons resultados e a se consolidar no mercado é um desafio que pode exigir muito mais do que se pensa. Então, se você pretende abrir um negócio próprio, saiba que poderá atuar individualmente ou com sócio(s).
Ao preferir assumir os riscos do negócio sozinho deverá se registrar como empresário. Porém, se optar por montar o empreendimento com outra pessoa, compartilhando os riscos do negócio, você deverá constituir uma sociedade empresária.
As sociedades oferecem benefícios como a possibilidade de compartilhar com outra pessoa a administração, os investimentos de capital e os riscos do negócio. Mas, é preciso ter cuidado na escolha de um sócio.
Escolher um sócio que não possui uma mesma visão de gestão e que não tenha capital para investir, pode trazer muito mais problemas do que soluções. Uma sociedade pode ser comparada a um casamento e em alguns casos a separação pode ser traumática.
Associar-se à pessoas que não entendem a necessidade de comprometimento como mola propulsora para o sucesso de um negócio é um fator de risco. Na prática, o que é percebido como extremo comprometimento para uma pessoa, pode não ser considerado, da mesma forma, pela a outra.
Portanto, somente ofereça sociedade para pessoas as quais estiverem dispostas a dedicar a mesma energia e comprometimento com o negócio que você.

O sócio e o capital

Uma sociedade deve estar baseada no princípio da igualdade. E, lamentavelmente, a igualdade dificilmente será alcançada caso não haja contribuição e aporte de capital de todos os sócios, mesmo que em proporções diferentes. Os sócios que não dispõem de capital para investir, em geral, favorecem a necessidade de contar com os lucros da empresa para sobreviver, o que poderá acabar comprometendo o seu sucesso, pois é de conhecimento de todos que a maioria das empresas não apresenta lucros nos primeiros anos de atividades.
A escolha do sócio é uma decisão delicada, pois divergências costumam levar empresas a extinção. O sócio precisa ser alguém que tenha valores e objetivos de vida compatíveis com os do empreendedor. O comprometimento, disponibilidade de capital, confiança, respeito e aptidão, ao meu ver, determinarão o sucesso – ou o fracasso – da sociedade.
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Reginaldo Calixto
Administrador, empreendedor, MBA em Gestão Estratégica de Negócios, foi Vice-Prefeito e Secretário de Desenvolvimento Econômico do município de Itabira.

 

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