Home Cidades Pilha de rejeitos de 350 metros da CSN preocupa moradores de Congonhas em audiência pública

Pilha de rejeitos de 350 metros da CSN preocupa moradores de Congonhas em audiência pública

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Pilha de rejeitos de 350 metros da CSN preocupa moradores de Congonhas em audiência pública
Imagem: IHCC - População de Congonhas discutiu na quarta-feira (23) a proposta de instalação de estrutura equivalente a um prédio de 115 andares em área preservada da serra do Esmeril

Um projeto de grande impacto ambiental está no centro de uma audiência pública marcada para a noite de quarta-feira (23), em Congonhas, na região Central de Minas Gerais. Em pauta está a intenção da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) de construir uma pilha de rejeitos com 350 metros de altura na serra do Esmeril, uma zona rural considerada estratégica pela sua biodiversidade e importância hídrica.

A proposta, que ainda está em avaliação pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), tem gerado reações por parte de moradores e movimentos ambientais. A estrutura projetada atingiria a altura de um edifício de aproximadamente 115 andares, o que causaria transformações significativas na paisagem e nos ecossistemas locais.

Serra do Esmeril, em Congonhas, apresenta risco a população

Pilha de rejeitos de 350 metros da CSN preocupa moradores de Congonhas em audiência pública
Imagem: Divulgação – Pilha de rejeitos de 350 metros da CSN preocupa moradores de Congonhas em audiência pública

Segundo dados do projeto Manuelzão, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a CSN pretende iniciar a extração mineral em uma área atualmente intacta, situada no topo da serra do Esmeril. O material extraído seria destinado à pilha de estéril Batateiro, cujo volume está planejado para alcançar os 350 metros na quarta fase da operação.

A área em questão está localizada a mais de 1.400 metros de altitude, na divisa entre Congonhas e Belo Vale, dentro da Bacia Hidrográfica do Rio Paraopeba. O ponto exato, nas cabeceiras do ribeirão Esmeril, é considerado sensível por sua relevância ambiental e por integrar o extremo sul da serra da Moeda.

Moradores da região e especialistas temem que a instalação da pilha provoque danos irreversíveis à vegetação nativa, ao abastecimento hídrico e à estabilidade geológica da região. A audiência pública visa justamente ouvir as preocupações da população e debater alternativas para o futuro da serra e de seus moradores.