As datas e cronogramas das obras de construção da linha 2 do metrô da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) foram divulgadas nesta quarta-feira (23). A obra promete mudar a vida dos usuários do transporte público na capital e região metropolitana.
De acordo com o Governo de Minas, o novo traçado representará uma das mais importantes obras na Região Metropolitana. Para interligar a atual linha 1 até o Barreiro, serão 10,5 quilômetros, contando com sete estações: Nova Suíça, Amazonas, Nova Gameleira, Nova Cintra, Vista Alegre, Ferrugem e Barreiro. Mais de R$ 3 bilhões estão sendo investidos.
A expectativa é de que as estações sejam concluídas por etapas, de acordo com cronograma previamente estabelecido, começando por Nova Suíça e Amazonas, que devem ficar prontas em 2026. A modernização das estações, com a ampliação do metrô, visa permitir que as pessoas que utilizam o transporte público tenham melhorias significativas quanto ao tempo de deslocamento e qualidade de vida.
Nova linha do metrô até 2028
Conforme o cronograma, a operação comercial da linha 2, em pleno funcionamento, está prevista para 2028. A partir da conclusão da nova linha, a projeção é que o metrô passe a transportar uma média diária de 213 mil passageiros, sendo 157 mil na linha 1 e 56 mil na linha 2.
Paralelamente, a concessionária Metrô BH continua realizando melhorias na linha 1, como é o caso das reformas das 19 estações e a conclusão da expansão até Novo Eldorado, em Contagem, ambas previstas para serem entregues até 2026.
Também estão programadas a conclusão da reforma no Pátio São Gabriel, com ampliação da oficina de manutenção que atenderá as linhas 1 e 2, e a recuperação da via, da rede aérea e dos sistemas de energia, sinalização e comunicação.
Melhorias
Ainda de acordo com o Governo de Minas, a concessão do Metrô da RMBH permitiu a implantação de melhorias em serviços prestados aos mais de 90 mil passageiros transportados todos os dias, como a gratuidade do sistema de internet Wi-fi nos trens e estações, implantada em 2023.
Além disso, é possível acompanhar a previsão de chegada dos trens nos 96 painéis de LED espalhados pelas 19 estações do sistema. Outro benefício do processo de inovação, modernização e melhorias do modal metroviário da RMBH foi a implantação do sistema de bilhetagem digital, acabando definitivamente com os tickets em papel.
A validação da passagem pode ser feita por aproximação, diretamente nas catracas, utilizando cartões de crédito ou débito, ou ainda por carteiras digitais de smartwatches, celulares ou tablets. Isso reduz a necessidade dos passageiros de pegarem fila para compra dos bilhetes e dá mais agilidade no processo de acesso às plataformas de embarque.
Também houve redução de aproximadamente 10% do tempo de viagem entre Vilarinho e Eldorado, que era de, em média, 55 minutos, com base, apenas, em mudanças de processos, ainda segundo o Governo de Minas.
Novos trens
Em maio, o Governo de Minas confirmou a aquisição de 24 novos trens pela concessionária Metrô BH, composições que vão operar tanto na linha 1, quanto na linha 2 do metrô. Os 24 trens vão contar, cada um, com quatro carros, equipados com Operação Automática do Trem (OTA, na sigla em inglês), sistema que possibilita mais regularidade, conforto e suavidade nas viagens, além de economia no consumo de energia.
As novas composições estão sendo fabricadas por uma empresa parceira. A expectativa é que o primeiro trem chegue ao Brasil e entre em operação no primeiro semestre de 2026.
Atualmente, a frota é composta por 35 trens, sendo 25 da série 900, da década de 1980, e dez trens da série 1000, que começaram a operar em 2015 e já possuem ar-condicionado e sistemas modernos.
Recursos
A concessão do Metrô da Região Metropolitana de Belo Horizonte completou, em março, um ano de operação. O contrato tem duração de 30 anos, com a estimativa de que R$ 3,7 bilhões em investimentos para melhorias e ampliações ao longo do período.
Desse total, R$ 2,8 bilhões são aportes do Governo Federal e cerca de R$ 440 milhões são provenientes do Termo de Reparação assinado pelo Governo de Minas, Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Ministério Público Federal (MPF) e Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG) com a Vale, em decorrência do rompimento da barragem de Brumadinho. A tragédia tirou a vida de 272 pessoas e provocou uma série de danos sociais, econômicos e ambientais em Minas Gerais. As informações são da Agência Minas.