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Audiência Pública em Conceição do Mato Dentro debate impactos do Projeto Minas-Rio

Recentemente, comunidades impactadas em Conceição do Mato Dentro e Alvorada de Minas firmaram um acordo com a mineradora que prevê um investimento aproximado de R$ 900 milhões para o reassentamento das famílias localizadas na Zona de Autossalvamento (ZAS), uma área considerada de risco em caso de rompimento da barragem de rejeitos.

Na última segunda-feira (7), a Câmara Municipal de Conceição do Mato Dentro foi o palco de uma audiência pública realizada pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). O objetivo do encontro foi discutir os impactos socioambientais causados pelo projeto minerário Minas-Rio, sob responsabilidade da Anglo American. A iniciativa foi solicitada pela deputada estadual Bella Gonçalves (PSOL).

O evento contou com a presença de promotores de Justiça da região e representantes de diversas comunidades locais afetadas pelas atividades do Sistema Minas-Rio, um dos maiores empreendimentos minerários em operação no Brasil. Desde seu início em 2014, o complexo é conhecido por possuir o maior mineroduto do mundo, com uma extensão de aproximadamente 530 quilômetros, conectando a região mineira ao Porto de Açu, no Rio de Janeiro, e atravessando 32 municípios.

Famílias de Conceição do Mato Dentro foram excluídas do acordo de reassentamento

Recentemente, comunidades impactadas em Conceição do Mato Dentro e Alvorada de Minas firmaram um acordo com a mineradora que prevê um investimento aproximado de R$ 900 milhões para o reassentamento das famílias localizadas na Zona de Autossalvamento (ZAS), uma área considerada de risco em caso de rompimento da barragem de rejeitos.

Entretanto, o acordo tem sido alvo de críticas. Denúncias veiculadas pela imprensa e corroboradas pelo gabinete da deputada Bella Gonçalves apontam que algumas famílias identificadas como afetadas por uma assessoria técnica independente foram excluídas do acordo. Além disso, relatos indicam que moradores beneficiados estariam sendo pressionados pela Anglo American para acelerar o reassentamento.

Essa pressa na execução do processo é relacionada à liberação judicial das obras de alteamento da barragem, cuja condução, segundo informações do gabinete da parlamentar, carece de transparência adequada.

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