400 minas são abandonadas em Minas Gerais e causam preocupação

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O colapso da barragem da Vale em Brumadinho trouxe à tona a discussão sobre a eficácia da fiscalização nas atividades de mineração no Brasil.

Isso levantou um novo questionamento: Como agir, se acontecimentos como esse acometerem uma empresa de pequeno porte sem muitos recursos?

As barragens mais propícias para isso pertencem a empresas que atualmente estão com suas atividades paralisadas.

Após ouvir especialistas, o Estado de S. Paulo destaca que se trata de um perigo real, algo que precisa ser discutido.

Atualmente, a mais vulnerável é a da Mina do Engenho, da Mundo Mineração, que atuava no Município de Rio Acima há mais de 6 anos.

Sem manutenção desde então, a única medida tomada em relação à barragem foram placas de alerta sobre a presença de substâncias tóxicas utilizadas na extração de ouro, como arsênio e mercúrio.

A situação da Mina do Engenho representa uma grave situação, mas não é a única.

O Estado constatou que outras duas minas com operações interrompidas são consideradas ainda mais perigosas do que a instalação da Vale em Brumadinho.

O Ministério Público de Minas Gerais está investigando os casos.

Abandonos tem gerado preocupação

A Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), do governo mineiro, identificou 400 minas abandonadas ou sem atividades no estado.

Três casos causam maior preocupação: Mundo Mineração, Minar Operação e Topázio Imperial Mineração.

Segundo especialistas, as minas desativadas representam uma “bomba relógio”

Para o professor da Universidade Federal de Itajubá, Carlos Martinez, a situação é “crítica”. “A conta um dia vai chegar e tem o potencial de quebrar de vez o estado, muitas dessas mineradoras sequer existem mais. E quem vai pagar a conta do desastre ambiental e social?”

A Minar Mineração, localizada em Itabirito, fica dentro de uma área de preservação ambiental e se encontra sem atividades há quase dez anos.

O atual dono da companhia, Lucas Cabalero, já foi notificado pelo Ministério Público Federal.

Lucas Cabalero declara que não há risco de rompimento, pois os rejeitos estão secos. Porém, a MP destaca que já exigiu ações e classifica a situação como “urgente”.

A Topázio Imperial Minar fica localizada no distrito Rodrigo Silva em Ouro Preto (MG), também tem causado preocupação. Moradores relatam que a mina não é explorada há muitos anos. Guilherme Capanema Gonçalves, filho de um dos sócios da empresa, informou que as atividades estão suspensas desde 2017, quando o MP ajuizou uma ação contra a companhia.

 

 

 

 

 

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