Na tarde deste domingo, 8 de janeiro, bolsonaristas furaram o bloqueio militar na Esplanada e invadiram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF). Os atos antidemocráticos causaram depredação do patrimônio público e da sede dos três poderes.
Os ataques golpistas ocorridos em Brasília resultaram em uma enorme perda histórica, econômica e estrutural. Diversas obras, objetos e documentos de enorme importância histórico-cultural foram radicalmente depredados. Como consequência imediata da invasão, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, foi afastado por determinação do ministro do STF, Alexandre de Moraes. O presidente recém eleito Luis Inácio Lula da Silva decretou intervenção federal a ser realizada até o dia 31 de janeiro. De acordo com o decreto, a medida tem o objetivo de pôr termo ao grave comprometimento da ordem pública.
Diante do caos instaurado pelo grupo bolsonarista responsável pelos atos criminosos, diversas instituições e representantes políticos se posicionaram repudiando o ocorrido. Em nota, o Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), por meio do diretor-presidente Raul Jungmann, repudiou os atos realizados contra os três poderes. Confira a nota na íntegra:
O Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) manifesta seu repúdio aos atos perpetrados contra os poderes da República, neste final de semana, em Brasília.
As autoridades públicas precisam receber todo o apoio da sociedade e do setor privado.
A Democracia Brasileira oferece os instrumentos necessários para que a sociedade siga discutindo suas questões e chegando a acordos pacificamente, respeitando o próximo, as instituições públicas e legislação.
O Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) também comunicou, em nota, que repudia veementemente os atos de vandalismo e atentados contra a democracia. Segundo o Instituto, os atos registrados em Brasília “violam a ordem pública nacional”.
Posicionamento do estado de Minas Gerais
Nesta segunda-feira, 9 de janeiro, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Partido Novo), foi a Brasília para participar de uma reunião junto ao poder executivo federal. Em suas redes sociais, Zema considerou os ataques inaceitáveis. De acordo com o governador, “a liberdade de expressão não pode se misturar com a depredação de órgãos públicos”.
Em nota, o estado de Minas Gerais reiterou que condena com veemência qualquer tipo de violência incluindo os ataques de vandalismo que atentam contra a democracia no Brasil. A Guarda Civil de Belo Horizonte se uniu às forças de segurança do estado para planejar medidas em conjunto.