A indústria siderúrgica do Brasil foi seriamente afetado pela “inundação” do aço chinês em 2023, e diante desta situação, empresas proeminentes tomaram medidas drásticas. Uma delas foi a Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais (Usiminas), que fechou o alto-forno nº 1 e demitiu mais de 100 pessoas em sua planta de processamento de Ipatinga.
Além disso, empresa não descartou o risco de fechamento do alto-forno nº 2 e demissão de novos funcionários.
Marcelo Chara, presidente-executivo da Usiminas, disse que a possibilidade de bloqueio do alto-forno nº 2, com capacidade de 600 mil toneladas de ferro-gusa, e do alto-forno nº 1, que foi desativado em dezembro, dependerá de condições de mercado.
Ele disse que a empresa não conseguiria competir se as importações descontroladas continuassem e o aço subsidiado continuasse a ser comprovado no Brasil, possibilitando novos cortes de produção.
Governo de MG diz que é preciso aumentar a alíquota do aço vindo da China para não prejudicar Usiminas
Ao participar de evento em Ipatinga para a retomada do alto-forno nº 3, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), também comentou o momento nacional e apoiou o pedido da siderúrgica para apoiar o aumento do alto-forno nº 9 . A taxa de importação de altos-fornos varia de 0,6% a 25%.
Ele disse que os impostos sobre o aço são muito baixos e é necessário aumentar a alíquota sobre os produtos siderúrgicos para evitar que a China ocupe o mercado.
Segundo Zema, o governo do estado de Minas Gerais está trabalhando para resolver o problema e encaminhou o assunto ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic).