Com os termômetros marcando temperaturas recordes no Brasil, especialmente nas regiões Sudeste e Centro-oeste, o Ministério da Saúde lançou uma cartilha para orientar a população sobre 22 cuidados que devem ser tomados diante do calor intenso. Conforme boletim divulgado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), 2.707 municípios haviam decretado situação de emergência por conta do calor até esta quarta-feira (15).
De acordo com o Ministério da Saúde, os principais sinais de alerta são transpiração excessiva, fraqueza, tontura, náuseas, dor de cabeça, cãibras musculares e diarreia. Nesses casos, a dica é procurar a unidade de saúde mais próxima para avaliação médica. O guia com as dicas para se prevenir do calor estão no link.
Calor faz estados e municípios preverem racionamento de água
Com a falta de chuvas, a baixa umidade relativa do ar e os termômetros nas alturas, muitos estados e municípios já emitiram alertas para possibilidade de racionamento de água e também orientações para o uso consciente do recurso. É o caso de Itabira. Na cidade mineradora, o Serviço Autônomo de Água e Esgoto emitiu uma nota informando a possiblidade de racionamento.
O órgão informou que vem monitorando o cenário e que equipes operacionais da autarquia fazem manobras para garantir o abastecimento de todas as regiões. No entanto, o Saae faz um apelo à população que utilize água com racionalidade, evitando desperdícios: “Estamos produzindo e entregando água em grandes proporções. Mas, além do alto consumo, devido à onda de calor, identificamos que há também desperdícios. Com isso, a água acaba não chegando para quem mora na parte alta da cidade ou locais mais distantes”. O alerta é do diretor operacional do Saae de Itabira, Dione Magela.
Já o Governo de Minas, por meio da Copasa, chama a atenção para o aumento médio do consumo de água em 20% na Região Metropolitana de Belo Horizonte e convoca a população para evitar desperdícios. Devido ao aumento do consumo, pode haver a intermitências no abastecimento de água nos próximos dias em algumas regiões da Grande BH, especialmente nas cidades mais distantes do sistema produtor de água, como Esmeraldas, Igarapé, Lagoa Santa, Mateus Leme, Pedro Leopoldo, Ribeirão das Neves, Santa Luzia e Vespasiano.
A Copasa esclarece que isso se deve exclusivamente à elevação brusca do consumo, uma vez que o sistema de produção de água está normalizado e operando em nível máximo. Além disso, o nível dos reservatórios que compõem o Sistema Paraopeba – responsável pelo abastecimento de água em toda a Grande BH – está em 71%.
“Mesmo com a produção máxima, podem ocorrer desabastecimentos localizados, em função do alto consumo, que causa desequilíbrio no sistema. E contamos com parceria da população para ajudar a reverter esse quadro”, explica o superintendente da Copasa, Ronaldo Serpa.