Por ocasião da data que lembra os 5 anos do trágico acontecimento em Brumadinho, o Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), enfatizou a urgência de processos judiciais céleres para garantir a responsabilização dos responsáveis e promover melhores métodos de mineração.
A ruptura devastadora da barragem do Córrego do Feijão resultou na perda de 272 vidas, mas nenhum dos 16 indivíduos atualmente acusados no Tribunal Federal foi considerado culpado até agora.
Ministro de Minas e Energia declarou apoio a mineração séria nas redes sociais após Brumadinho
Na plataforma X (antigo Twitter), o político mineiro prestou solidariedade às famílias das vítimas e relembrou a importância de se fazer uma mineração segura que não impacte o meio-ambiente e as comunidades locais:
“Iniciei meu trabalho à frente do MME pautando minhas ações por uma mineração séria, segura, que reduz os impactos nas comunidades. E tivemos importantes conquistas, como a instituição da PNAB (Política Nacional dos Atingidos por Barragens), que garantirá os direitos dos atingidos. Não descansaremos até a responsabilização dos envolvidos. Nossos recursos naturais devem servir ao povo, não o contrário”, escreveu.
Uma série de eventos foram realizados na quinta-feira (25) em Brumadinho em homenagem às vítimas do rompimento da barragem. Além dos serviços religiosos que acontecem pela manhã, 272 balões serão lançados no rompimento da barragem para lembrar as vítimas da tragédia.
Lula diz que Vale não fez nada para reparar a destruição
O presidente Lula também se manifestou sobre os 5 anos da tragédia de Brumadinho e disse que neste período a Vale, “nada fez para reparar a destruição causada” pelo rompimento de barragem.
“Hoje faz 5 anos do crime que deixou Brumadinho debaixo de lama, tirando vidas e destruindo o meio ambiente. 5 anos e a Vale nada fez para reparar a destruição causada”
Apesar da declaração de Lula, em 4 de fevereiro de 2021, a Vale iniciou negociações com o Governo do Estado de Minas Gerais, o Ministério Público Federal (MPF), o Ministério da Saúde Pública do Estado (MPMG) e a Defensoria Pública do Estado de Minas Gerais.
O acordo, estimado em 37,7 bilhões de reais, estabelece as obrigações da mineradora de pagar compensações socioeconômicas e socioambientais pela tragédia.