A BR 381 é uma rodovia federal que passa por Espírito Santo, São Paulo e Minas Gerais. A via vicinal possui 1200 quilômetros de extensão e é conhecida como “Estrada da Morte”
A BR 381 é uma das rodovias mais perigosas do Brasil. O apelido “Estrada da Morte” é atribuído ao trecho que passa por Minas Gerais e se refere aos muitos acidentes e mortes que são registradas anualmente em seu trajeto sinuoso. Segundo dados do Painel CNT de Consultas Dinâmicas dos acidentes, foram registradas 5.391 mortes em acidentes de trânsito na BR 381. De acordo com a CNT, os custos aproximados dos acidentes chegou a R$12,19 bilhões, que corresponde a um valor superior ao que foi investido nas rodovias.
A rodovia é uma das mais importantes para o Brasil em questões logísticas e econômicas. A BR 381 é caminho de muitos turistas, moradores das regiões e caminhoneiros. O movimento é grande, pois ela é utilizada para escoar um enorme volume de mercadorias e matérias primas de diversas indústrias. Em períodos chuvosos, os desafios são ainda maiores: a interferência dos desastres naturais na região já resultou em quedas de asfalto e deslizamentos.
Diante das estatísticas que comprovam o perigo e a fatalidade da rodovia, foi feita uma mobilização social e dos órgãos de segurança pela duplicação das vias, principalmente, na região do Vale do Aço, em Minas Gerais. Em 2008, a obra de duplicação foi autorizada, porém, apenas em 2013 ela foi iniciada. No dia 28 de novembro deste ano, de 2022, a duplicação e os túneis construídos na BR381-MG foram liberadas pelo governo com o objetivo de amenizar a intensidade do tráfego e aumentar a segurança na região.
Em uma campanha eleitoral na cidade de Ipatinga em setembro deste ano, o presidente recém-eleito, Luís Inácio Lula, havia prometido “transformar a Estrada da Morte em Estrada da Vida”. A obra (agora, concluída) promete diminuir a ocorrência de acidentes e de vítimas na rodovia.