A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) decretou luto institucional de três dias em sinal de pesar pelo falecimento do ex-presidente da ALMG e ex-governador do Estado Alberto Pinto Coelho. Ele faleceu na manhã desta segunda-feira (20), aos 78 anos, em Belo Horizonte. Ele tratava de uma leucemia nos últimos anos, em um hospital particular da capital.
Com o luto institucional, as bandeiras do Brasil, de Minas Gerais e de Belo Horizonte serão hasteadas a meio-mastro, no Largo das Bandeiras. E ficam proibidas celebrações, comemorações ou festividades, no âmbito da Assembleia Legislativa, durante os três dias.
O velório do ex-presidente será no Palácio da Liberdade, a partir das 16 horas, aberto ao público. O sepultamento está marcado para esta terça-feira (21), às 9 horas, no cemitério Parque da Colina.
Trajetória política de Alberto Pinto Coelho
Alberto Pinto Coelho foi deputado estadual por quatro mandatos consecutivos, tendo sido presidente do Legislativo de 2007 a 2010. Em 2011, renunciou ao cargo e se tornou vice-governador de Minas Gerais. Em abril de 2014, ele assumiu o cargo de chefe do Poder Executivo do Estado, após Antonio Anastasia renunciar para concorrer a uma vaga no Senado.
Um de seus filhos é o 3º-vice presidente da ALMG, deputado Betinho Pinto Coelho (PV), que assumiu em 2023 seu segundo mandato no Parlamento mineiro. O ex-presidente deixa ainda os filhos Alexandre, Daniel e Paula, além do deputado Betinho Pinto Coelho.
“Perda inestimável para Minas Gerais. Grande estadista, com mais de 30 anos de vida pública, Alberto Pinto Coelho escreveu seu nome na história da política mineira. Como governador de Minas e presidente da ALMG, foi um exímio defensor da cidadania e dos valores democráticos. Alberto deixa um legado de apreço pela boa política. Manifesto profunda solidariedade ao amigo deputado Betinho Pinto Coelho, e a todos os familiares e amigos”, disse o presidente da ALMG, Tadeu Martins Leite.
Alberto Pinto Coelho também atuou como líder dos governos Itamar Franco (1999-2003) e Aécio Neves (2003-2010). Em 2014, o então vice-governador do Estado, eleito em 2010 na chapa de Antonio Anastasia, assumiu como governador pelo período de nove meses, após a saída de Anastasia para a campanha eleitoral.
Entre as suas principais realizações no Legislativo mineiro estão a criação da Política Estadual de Resíduos Sólidos e o Programa de Apoio ao Desenvolvimento do Comércio Exterior do Aeroporto Internacional Tancredo Neves (Pró-Confins).
Formado em administração de empresas, Alberto Pinto Coelho também atuou no setor de telecomunicações, tendo sido representante do Ministério das Comunicações em Minas Gerais, e exercido cargos de diretoria nas áreas de gestão administrativa. As informações são da Agência Minas.
Autoridades lamentaram a perda
O governador Romeu Zema também decretou luto de três dias no Estado e lamentou a morte de Pinto Coelho: “Minas está de luto pelo falecimento do ex-governador Alberto Pinto Coelho, um dos mais notáveis políticos mineiros, que chefiou poderes Legislativo e Executivo no Estado. Uma grande perda para Minas e os mineiros. Minha solidariedade aos familiares”.
O ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, também se manifestou: “(Ele) Era um moicano da construção da típica política mineira, que é uma política que preserva, acima de tudo, o diálogo. Seu legado será mais que reconhecido. Deixou luz no caminho de todos nós. Vamos seguir o exemplo do Alberto e construir uma sociedade melhor”.
O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) e ex-governador Antônio Anastasia, de quem Alberto Pinto Coelho foi sucessor no Governo de Minas, lamentou a perda e exaltou o seu legado. “Alberto Pinto Coelho foi um político exemplar, caracterizado por sua habilidade singular em ouvir, integrar e transformar divergências em consensos. Um político de coração enorme, singular e generoso”, afirmou.
Atualizado às 14h05