A Usiminas aprovou o nome de Marcelo Chara para CEO da empresa. A eleição foi realizada pelo Conselho de Administração da siderúrgica, nesta terça-feira (4). A eleição é desdobramento do acordo de acionistas assinado após a Ternium comprar parte das ações da Nippon Steel, companhias vinculadas à Usiminas. A empresa anda pressionada nos últimos meses pela baixa cotação do valor do aço no mercado, o que vem impactando seus lucros.
Marcelo Chara é presidente da Ternium desde setembro de 2017 e acumula a experiência de ser vice-presidente Industrial da Usiminas entre 2012 e 2014. Na mesma eleição, o Conselho Administrativo da Usiminas escolheu seu presidente. O nome de Alberto Ono foi aprovado para liderar o conselho.
Atualmente a empresa é formada por três principais acionistas: A Nippon Usiminias Co. Ltd., com 29,45 % das ações, Previdência Usiminas, com 6,75%, a Ternium/Tenaris, com 27,66%, além de ações em free float dispostas em 36,14%.
Produção
A Usiminas espera vender entre entre 8,5 e 9 milhões de toneladas de minério de ferro em 2023. Em 2022, alcançou 8,6 milhões de toneladas vendidas. Já para o aço, a Usiminas espera, no primeiro trimestre de 2023, negociar entre 950 mil e 1,05 milhão de toneladas.
O lucro líquido registrado pela siderúrgica foi de R$ 544 milhões no primeiro trimestre de 2023. O resultado representou a reversão do prejuízo registrado nos últimos três meses de 2022, provocado por uma baixa contábil bilionária. Mas na comparação com o mesmo período do ano passado, houve recuo de 57% no lucro.
Em compensação, de acordo com o balanço do Ebitda ajustado, indicador que o mercado adota com uma medida de geração de caixa. Ele caiu 50% em relação ao primeiro trimestre de 2022, para R$ 783 milhões. Apesar da queda, o Ebitda veio acima da projeção dos analistas, de R$ 695 milhões, segundo dados divulgados pela empresa.