Conhecida mundialmente como protagonista do desastre da barragem de Fundão, em Mariana, por contaminar o Rio Doce, destruir o distrito de Bento Rodrigues e causar a morte de 19 pessoas em novembro de 2015, a mineradora Samarco apresenta resultados expressivos em sua recuperação. A empresa atingiu, na última semana, a marca de 20 milhões de toneladas de pelotas de minério de ferro produzidas, desde a retomada de suas operações em dezembro de 2020. A companhia reiniciou os trabalhos sem a utilização de barragens de rejeitos e prevê alcançar 60% da capacidade produtiva a partir de 2025.
No período, foram embarcados 200 navios, segundo relatórios da empresa. “Avaliamos esse desempenho de uma forma positiva para o nosso negócio. A continuidade das operações também é uma oportunidade para que possamos compartilhar valor com a sociedade. Para esse ano a expectativa é que a nossa produção atinja cerca de 9 milhões de toneladas de pelotas e finos de minério de ferro, o que significa um incremento de 10% com relação ao volume produzido nos dois anos anteriores. As boas práticas nos mostram que é possível fazer uma mineração diferente, mais segura e sustentável, conforme o nosso propósito”, destaca o diretor de Operações, Sérgio Mileipe.
Segundo o gerente-geral Comercial e Marketing, Renato Pereira, a Samarco consolidou seu retorno ao mercado desde a retomada operacional: “Mais do que números, além de concretizarmos a estabilidade operacional da empresa, restabelecemos e estreitamos ainda mais as relações com nossos clientes. Fornecemos produtos de elevada qualidade cujo valor agregado proporciona maior eficiência e performance na produção de aço, contribuindo também para a redução de gases de efeito estufa, como o CO2″, ressaltou Renato.
Atuação global
De acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), além de suprirem o mercado interno, os produtos da Samarco integram a cadeia produtiva de grandes siderúrgicas da Europa, Oriente Médio, Norte da África e Américas. A previsão é de que a retomada total da capacidade produtiva seja alcançada de maneira segura até 2028. Somente para 2023, os investimentos da empresa alcançam R$ 1,6 bilhão. Além da sustentação do negócio, os recursos são destinados ao projeto de descaracterização da cava e da barragem de Germano, obras em estágio avançado, e a projetos de inovação.
Desde o rompimento da barragem de Fundão, a mineradora vem realizando ações de reparação ao meio ambiente e comunidades atingidas por meio da Fundação Renova. A entidade atua a partir de acordo feitos com a justiça, controlando os recursos destinados às ações reparatórias. Clique e saiba mais.