A tradicional Imperial Cidade de Ouro Preto
Ouro Preto, uma das cidades históricas mais famosas do estado, localizada na Zona
Metalúrgica de Minas Gerais, o Quadrilátero Ferrífero, com seus 12 distritos – Cachoeira do
Campo, Amarantina, Glaura (Casa Branca), São Bartolomeu, Santo Antônio do Leite,
Rodrigo Silva, Miguel Burnier, Engenheiro Correia, Santa Rita, Santo Antônio do Salto,
Antônio Pereira e Lavras Novas – no tempo presente, possui sua economia voltada, além do
turismo, à mineração e metalurgia. Isso, devido ao fato de dispor de ferro, bauxita, manganês, talco e mármore, em síntese, reservas minerais em seu subsolo.
No entanto, a busca por minérios não é recente na antiga capital da então província
das Minas Gerais, após a Independência do Brasil, e atual município com mais de 74 mil
habitantes (IBGE/2020). Sua associação com o ciclo do minério está vinculada à sua origem. O arraial do Padre Faria, fundado, aproximadamente, em 1698 por Padre João de Faria Fialho, Coronel Tomás Lopes de Camargo e seu irmão, e o bandeirante Antônio Dias de Oliveira, conta o início da história da cidade que hoje conhecemos como Ouro Preto.
Alguns anos depois, em 1711, a conhecida Vila Rica tomava forma. A junção de vários arraiais, inclusive o arraial Padre Faria, foi promovida à categoria de vila para formar a sede do conselho, o que acabou por influenciar como local escolhido para a base da Inconfidência Mineira (1789), movimento revolucionário separatista.
A tradicional Imperial Cidade de Ouro Preto, foi o município com mais fatos
históricos fundamentais para a construção da memória nacional. Na atualidade, o município é tombado pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) desde 1938, e reconhecido como Patrimônio Cultural da Humanidade pelo Comitê do Patrimônio Mundial
da UNESCO, desde setembro de 1980, como resultado do imenso acervo histórico e
monumentos coloniais conservados.