BNDES e Finep aprovam 56 planos em minerais estratégicos; Minas lidera número de propostas aprovadas

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O Brasil deu mais um passo concreto rumo à economia de baixo carbono. Um total de 56 planos de negócios voltados à transformação de minerais estratégicos foi selecionado na chamada pública conduzida pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Juntas, as iniciativas somam R$ 45,8 bilhões em investimentos projetados, com foco em tecnologias fundamentais para a transição energética e a descarbonização industrial.

Os projetos seguem agora para a etapa de construção do Plano de Suporte Conjunto (PSC), que detalhará estratégias operacionais e financeiras para viabilização das propostas. Os recursos miram a cadeia produtiva de minerais utilizados em equipamentos como baterias, painéis solares, motores elétricos e componentes eletroeletrônicos, pilares da chamada economia verde.

Nordeste assume protagonismo em volume financeiro

Apesar de Minas Gerais ter apresentado o maior número de propostas aprovadas — 20 projetos, o que representa 35% dos investimentos totais — foi o Nordeste quem liderou em volume de aportes financeiros. A região concentra 41% dos recursos previstos, aplicados em 13 projetos, o que equivale a 23% do total de propostas aprovadas. Somadas, as regiões Norte e Nordeste respondem por mais da metade do valor financeiro de todos os planos selecionados — 56% do total investido.

Na sequência de Minas Gerais, destaca-se a Bahia com nove propostas aprovadas, responsável por 25% dos investimentos anunciados. O destaque das regiões confirma a relevância do potencial mineral do interior do país, que ganha espaço em setores ligados à inovação e sustentabilidade.

Terras raras, lítio e grafite entre os minerais em foco

As propostas contemplam uma diversidade de minerais considerados estratégicos para a indústria verde. Entre os projetos selecionados, dez são voltados a terras raras, oito ao lítio, seis ao grafite, quatro ao cobre e quatro ao silício. Há ainda iniciativas relacionadas a níquel, titânio e minerais do grupo da platina. Alguns projetos envolvem mais de um tipo de mineral, reforçando a multidisciplinaridade e a abrangência dos investimentos.

A iniciativa reforça a busca por autonomia e competitividade no fornecimento de insumos críticos para a nova matriz energética global, na qual o Brasil pode desempenhar papel estratégico tanto na produção quanto no beneficiamento desses materiais.

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