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Preço do lítio cai 80% 2022 e desafia expansão da indústria em Minas

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Preço do lítio cai 80% 2022 e desafia expansão da indústria em Minas
Imagem: Diário do Comércio - No Brasil, Minas Gerais desponta como o principal polo do lítio, com três empresas em operação: CBL, AMG e Sigma Lithium.

A indústria global do lítio enfrenta um cenário turbulento com uma queda de cerca de 80% nos preços desde os picos históricos registrados em 2022. Conhecido como o “ouro branco” e o “petróleo do século XXI” por seu papel fundamental na transição energética, o lítio vinha atraindo a atenção dos investidores, mas agora passa por um período de retração que tem impactado fortemente o setor.

Na Bolsa de Valores de Xangai, o preço da tonelada do concentrado de espodumênio com 6% de óxido de lítio caiu para US$ 626, refletindo uma baixa de 23,3% só nos primeiros meses de 2025. Já o carbonato de lítio, com pureza para uso em baterias, sofreu redução de 18,5% no mesmo período, sendo negociado a US$ 8.364 por tonelada, segundo dados do Shanghai Metal Market (SMM).

Indústria brasileira concentra operações em Minas Gerais e adia planos de expansão

No Brasil, Minas Gerais desponta como o principal polo do lítio, com três empresas em operação: CBL, AMG e Sigma Lithium. Outras companhias, como Atlas, PLS e Lithium Ionic, desenvolvem projetos que aguardam avanços. Porém, a queda nas cotações tem levado muitas delas a adiar investimentos e a revisar planos de expansão diante da volatilidade do mercado.

A desaceleração nas operações e o desempenho financeiro abaixo do esperado evidenciam os desafios enfrentados pelo setor, que ainda aposta na importância estratégica do lítio para o futuro energético, mas precisa se adaptar às condições atuais do mercado global.