O governo dos Estados Unidos decidiu endurecer ainda mais sua política comercial. A partir desta quarta-feira (4), entram em vigor as novas tarifas sobre a importação de aço, alumínio e derivados, que agora passam a ser taxadas em 50% — o dobro da alíquota anterior, que estava fixada em 25%.
A medida foi assinada pelo presidente norte-americano Donald Trump, e deve impactar diretamente a balança comercial de países que têm forte presença na exportação desses metais para o mercado americano.
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Entre os países que mais devem sentir os efeitos da nova política tarifária está o Brasil, que em 2024 exportou cerca de 4 milhões de toneladas de aço para os Estados Unidos, ficando atrás apenas do Canadá, com 5,9 milhões de toneladas. A lista dos maiores exportadores inclui ainda o México (3,19 milhões), a Coreia do Sul (2,5 milhões), o Japão (1,07 milhão) e a China, com 469 mil toneladas enviadas ao território americano.
A única exceção à nova regra é o Reino Unido, que fechou um acordo bilateral garantindo a manutenção da tarifa anterior de 25%. Essa condição especial valerá pelo menos até o dia 9 de julho, segundo fontes do governo norte-americano. Ainda assim, o impacto sobre os britânicos é limitado, já que o país não figura entre os principais fornecedores de aço ou alumínio para os EUA.
Com o aumento expressivo das tarifas, especialistas apontam para uma possível reorganização das rotas comerciais globais, aumento dos preços e maior pressão sobre os setores industriais que dependem da matéria-prima importada. A medida também deve gerar tensões entre os Estados Unidos e seus principais parceiros comerciais, em especial os países latino-americanos e asiáticos.