Entre 2020 e 2023, Minas Gerais foi fortemente impactada por desastres hidrológicos, com chuvas intensas, alagamentos, inundações e enxurradas resultando em prejuízos econômicos de R$ 11,2 bilhões, segundo um estudo da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).
Esses eventos, que afetaram tanto os setores público quanto privado, geraram danos diretos de R$ 4,4 bilhões, além de impactarem severamente o mercado de trabalho e a economia local.
Chuvas causaram perdas de emprego e impactos no PIB de Minas
O estudo revelou que, no período analisado, 59,6 mil postos de trabalho foram afetados pelas chuvas, o que resultou em uma perda de até R$ 2,3 bilhões em massa salarial. O impacto foi sentido de forma significativa no Produto Interno Bruto (PIB) de Minas Gerais, que registrou uma retração de 0,7%. Além disso, as exportações do Estado sofreram uma queda de até R$ 1,2 bilhão, enquanto a arrecadação tributária líquida diminuiu em até R$ 428 milhões.
Minas Gerais foi a unidade da federação mais atingida por desastres hidrológicos entre 2020 e 2023, concentrando 21% dos casos registrados no Brasil. O aumento desses eventos no Estado refletiu um crescimento de 36% nas ocorrências em todo o País, um reflexo direto das mudanças climáticas em curso.
Nacionalmente, os desastres hidrológicos causaram danos estimados em R$ 127 bilhões, com R$ 45,9 bilhões correspondendo a perdas diretas. Os impactos também foram sentidos no mercado de trabalho, com 573,6 mil empregos afetados e uma redução de R$ 24,5 bilhões na massa salarial. O PIB brasileiro também registrou uma queda de 0,7%, enquanto as exportações e a arrecadação tributária sofreram perdas de R$ 14,5 bilhões e R$ 4,9 bilhões, respectivamente.