Tensão no Vale do Aço: disputa jurídica entre CSN e Ternium aquece debate local

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A recente tentativa da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) de intimar lideranças locais e silenciar manifestações em apoio à Usiminas e à Ternium trouxe à tona novas tensões na disputa jurídica entre essas gigantes industriais. O episódio, que gerou ampla repercussão na mídia local e nacional, teve um novo capítulo com a interpelação extrajudicial contra um dirigente de entidade que apoiou a Ternium, intensificando o clima de desconforto no Vale do Aço.

O embate jurídico ganhou novos contornos após a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de impor uma multa bilionária à Ternium, no caso relacionado à alegada alienação do controle da Usiminas. Apesar da decisão judicial, os pareceres da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) asseguram que não houve alteração no controle acionário da Usiminas, quando, em 2011, a Ternium adquiriu participação na empresa.

A medida tem sido duramente contestada por lideranças políticas e empresariais locais, que alertam para os possíveis danos à economia e ao emprego na região.

Implicações jurídicas e econômicas para o Vale do Aço

A disputa entre a CSN e a Ternium tem raízes em decisões judiciais anteriores que envolvem a CSN e sua participação na Usiminas. Em 2014, o Cade determinou que a CSN reduzisse sua participação acionária na Usiminas para menos de 5% do capital social e votante, devido à competição direta entre as duas empresas. Esse movimento gerou um impasse que, somado à recente decisão do STJ, tem aumentado a pressão sobre os agentes econômicos da região.

Em resposta ao imbróglio, várias entidades regionais, como o Grupo Raízes, a Associação de Aposentados e Pensionistas de Ipatinga (AAPI), a Associação Comercial, Industrial, Agropecuária e de Prestação de Serviços de Ipatinga (Aciapi) e a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), se posicionaram contra as decisões que, segundo elas, podem resultar em grandes prejuízos para o futuro da economia local e da Usiminas.

A movimentação busca garantir a estabilidade das empresas e a manutenção dos empregos no Vale do Aço, que dependem diretamente da saúde financeira dessas gigantes siderúrgicas.

Com a disputa ainda em curso, a comunidade regional segue atenta aos desdobramentos do caso, que pode moldar o futuro da indústria no Vale do Aço e impactar milhares de trabalhadores e suas famílias.

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