Exposibram 2024: “Temos tudo para bater recorde histórico”, diz presidente do Ibram

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Em entrevista à imprensa especializada na manhã desta terça-feira (10), no Expominas, em Belo Horizonte, o presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, afirmou que esta edição da Exposibram tem tudo para bater recorde histórico, superando todas as expectativas de público e participação.

A Expo & Congresso Brasileiro de Mineração já impressiona pelos números: são esperados mais de 70 mil visitantes até o encerramento do evento na próxima quinta-feira, 13 mil metros quadrados de área de exposição, mais de 450 expositores e 2.000 congressistas confirmados.

Além disso, o evento contará com uma rodada de negócios envolvendo mais de 400 fornecedores e mineradoras de diferentes partes do mundo, incluindo países como Itália, Estados Unidos, China, Canadá, Alemanha, Chile, Irlanda, Holanda, Inglaterra e Peru.

Jungmann destacou o sucesso na organização da Exposibram, mencionando que 98% da rede hoteleira de Belo Horizonte está ocupada devido ao evento. Ressaltou também o caráter internacional da feira, com a participação de 10 países e o envolvimento de aproximadamente 500 empresas fornecedoras nas rodadas de negócios. “Vários estandes já estão sendo vendidos para a próxima edição. Temos tudo para bater o recorde de todas as edições da Exposibram,” afirmou.

O presidente do Ibram também abordou a importância da mineração ser cada vez mais segura, transparente e sustentável, alinhada ao compromisso com a transição energética para uma economia de baixo carbono, que depende dos chamados minerais críticos. “Se não tivermos os chamados minerais críticos, não teremos condições de mudar a base energética fundamental e sair do combustível fóssil para as fontes renováveis, como as baterias, os aerogeradores e as placas fotovoltaicas”, disse. Ele mencionou ainda um estudo desenvolvido em parceria com o Centro de Tecnologia Mineral como o melhor sobre minerais críticos e estratégicos no Brasil.

Mudança na legislação após as tragédias de Mariana e Brumadinho

Em relação às tragédias de Mariana e Brumadinho, Jungmann enfatizou as mudanças significativas na legislação e no monitoramento das barragens. “A gente tem um foco muito forte no que diz respeito à questão da segurança. Mudou toda a legislação, e mudou para melhor. Hoje posso dizer que temos uma das melhores legislações do mundo sobre mineração”, afirmou.

Explicou também que as barragens agora são classificadas em três níveis de risco (nível 1, 2 e 3), com medidas preventivas rigorosas, especialmente nos níveis mais altos, garantindo que nenhuma população fique abaixo de nenhuma estrutura em situação de maior risco. “Fizemos recentemente uma coletiva de dados sobre a situação de todas as barragens do Brasil, todos os números, onde se encontram, como estão. Isso é fundamental para informar toda a sociedade”, acrescentou.

Além disso, foi disponibilizado um aplicativo gratuito para que qualquer pessoa possa acessar informações detalhadas sobre as barragens em todo o país, promovendo transparência e combatendo a desinformação.

Batalha contra o Imposto Seletivo na Reforma Tributária

Outro ponto abordado durante a entrevista foi a questão do Imposto Seletivo, discutido com Alexandre Silva D’Ambrosio, Vice-Presidente Executivo de Assuntos Corporativos e Institucionais da Vale. Ele criticou a inclusão desse imposto na Reforma Tributária, afirmando que o setor mineral, reconhecido como essencial, não deveria ser alvo de uma taxação que visa desincentivar atividades.

Alexandre D'Ambrosio, Vice-Presidente Executivo de Assuntos Corporativos e Institucionais da Vale:
Alexandre D’Ambrosio, Vice-Presidente Executivo de Assuntos Corporativos e Institucionais da Vale: “Imposto Seletivo foi um jabuti inserido na Reforma Tributária”

O Imposto Seletivo foi um jabuti inserido na Reforma Tributária, um conceito de reforma tributária que nós apoiamos, por sinal, todo setor apoia a necessidade de simplificar o sistema tributário no Brasil. Mas inserir o Imposto Seletivo, que é o ‘imposto do pecado’, para desincentivar uma atividade mineral que é uma atividade reconhecida como essencial para o país é uma ideia totalmente esdrúxula e não faz sentido”, afirmou D’Ambrosio.

O executivo declarou ainda que, embora o setor tenha conseguido reduzir a alíquota do imposto, a luta continua para remover completamente a taxação. “Estamos exportando imposto, o que é um contrassenso. Nossa atuação é no sentido de conscientizar o congresso e a população sobre o quanto esse imposto não faz sentido sobre a atividade minerária!”, concluiu.

A Exposibram 2024 segue até quinta-feira, reafirmando seu papel como o maior e mais importante evento da mineração na América Latina, com expectativas de resultados históricos para o setor.

Cobertura especial do CidadeseMinerais.com.br 

O portal CidadeseMinerais.com.br é parceiro oficial da Exposibram 2024 e faz uma cobertura especial do evento em parceria com a MM Advocacia Minerária e Ecolabore Engenharia.

Para mais informações, acesse: exposibram2024.ibram.org.br.

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