Duas empresas se interessaram pelo leilão de concessão da BR-381, trecho entre Belo Horizonte e Governador Valadares, marcado para a próxima quinta-feira (29), na Bolsa de Valores de São Paulo. Os envelopes foram entregues nesta segunda-feira (26) pelas empresas Corretora Opportunity e Corretora Sita – Aterpa.
Essa é a quarta tentativa do governo federal, desde 2017, de transferir a administração da rodovia para a iniciativa privada. A BR-381, conhecida popularmente como “rodovia da morte” devido aos riscos e aos longos trechos de pista simples, é um ponto crítico para a logística e a segurança na região.
Privatização da BR-381: expectativas e obrigações
A concessão da BR-381, aprovada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) em 16 de agosto, prevê investimentos superiores a R$ 9 bilhões ao longo dos 30 anos de contrato. Entre as obrigações da concessionária que vencer a licitação estão a duplicação de 106 km da rodovia, a criação de quase 83 km de novas faixas, a implantação de vias marginais e passarelas, além de outras melhorias voltadas para a segurança e fluidez do tráfego.
Essas obras são consideradas essenciais não apenas para a segurança dos motoristas, mas também para o desenvolvimento econômico da região e do país. Estima-se que o projeto gere cerca de 73 mil empregos diretos e indiretos em Minas Gerais.
Próximos passos
A entrega dos envelopes nesta segunda-feira marca um passo importante para a viabilização da duplicação da BR-381. Caso o leilão ocorra conforme o previsto, as intervenções planejadas finalmente sairão do papel, beneficiando tanto a segurança dos motoristas quanto o desenvolvimento econômico de Minas Gerais e do Brasil.