Energia solar: ArcelorMittal anuncia dois novos contratos de geração que somam R$ 1,6 bilhão

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A ArcelorMittal anunciou nesta quarta-feira (21) a assinatura de dois grandes contratos para a instalação de duas plantas de geração de energia solar no Brasil. Os investimentos estão alinhados aos objetivos de autossuficiência em energia elétrica renovável para suas unidades industriais e descarbonização das operações no país.

Os contratos foram firmados com a Casa dos Ventos e a Atlas Renewable Energy somam R$ 1,6 bilhão em investimentos. Os acordos dependem da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE).

A ArcelorMittal entende que uma economia global de baixo carbono e a mitigação dos impactos das mudanças do clima são fundamentais para um futuro sustentável, e a transição energética é um passo fundamental dentro da nossa estratégia de descarbonização. Além de garantir o suprimento das plantas industriais com fonte própria de energia renovável, os investimentos visam a diversificação da matriz energética, a redução dos custos operacionais e aumento da nossa competitividade”, afirmou Jefferson De Paula, presidente da ArcelorMittal Brasil e CEO ArcelorMittal Aços Longos e Mineração LATAM.

As duas plantas possuem capacidade de geração de 113 MW médios/ano, o que representará 14% do consumo atual de energia elétrica das unidades da ArcelorMittal no Brasil.

Com a Atlas Renewable Energy, o contrato representa a primeira parceria firmada entre a empresa e a ArcelorMittal para produção de energia renovável. O objetivo é construir o Parque Luiz Carlos, de energia solar, em Paracatu, município do noroeste de Minas Gerais. O aporte será de R$ 895 milhões. Sua produção prevista é de 69 MW médios/ano e potência instalada de 269 MW.

O contrato estabelecido entre a produtora de aço e a Atlas segue o modelo BOT (Build, Operate and Transfer), no qual se forma uma joint venture durante a construção e, depois de entrar em operação comercial, todo o capital será adquirido pela ArcelorMittal.

Todo o volume de energia solar gerado pela planta será destinado às operações da ArcelorMittal e a expectativa é de que a planta esteja em operação comercial plena em dezembro de 2025. O projeto ainda prevê a instalação de uma linha de transmissão de 65 km, em 500 kV, até o Sistema Interligado Nacional (SIN), subestação elevadora e bay de conexão na subestação Paracatu 4.

Já com a Casa dos Ventos, a ArcelorMittal está formando uma nova joint venture, desta vez para a implantação de um projeto de energia solar. O local de implantação será na mesma área do Complexo eólico Babilônia Centro, ainda em construção, nos municípios de Morro do Chapéu e Várzea Nova, na Bahia.

Neste novo acordo, a ArcelorMittal terá participação de capital de 55% e a Casa dos Ventos de 45%. Com investimento de aproximadamente R$ 690 milhões, a planta possuirá 200 MW de potência instalada e capacidade prevista de geração anual de 44 MW médios (MWm). O parque estará em operação comercial em dezembro de 2025.

Energia solar: eficiência energética

As unidades do Grupo ArcelorMittal no Brasil atuam com sistemas de recuperação de calor e/ou reaproveitamento dos gases provenientes dos processos produtivos. As plantas de Tubarão, maior usina do Grupo no Brasil, localizada no município de Serra (ES), e do Pecém, no Ceará, por exemplo, são autossuficientes em energia elétrica, contribuindo desta forma para diminuição da demanda de energia elétrica do sistema elétrico nacional.

As unidades do segmento de Aços Longos contam com centrais hidrelétricas que são responsáveis pelo abastecimento de parte da energia solar consumida pelas plantas industriais. O restante é comprado no mercado em contratos de longo, médio prazos e spot, por meio de uma gestão que busca a ecoeficiência e a competitividade para o negócio.

Descarbonização

O esforço de descarbonização da ArcelorMittal tem como uma de suas alavancas a transição energética para fontes renováveis de geração. Globalmente, o Grupo ArcelorMittal foi pioneiro no setor ao lançar a meta de ser carbono neutro até 2050 e, como passo intermediário, reduzir em 25% suas emissões específicas até 2030.

O Grupo já investiu cerca de € 300 milhões no desenvolvimento de tecnologias para redução das emissões por meio de seus Centros de Pesquisa e Desenvolvimento. Estima-se que, até 2030, serão mais US$ 10 bilhões investidos nessa jornada. Até 2030, a empresa trabalhará com melhoria dos processos existentes e, depois disso, empregará tecnologias disruptivas que tornarão a ArcelorMittal carbono neutra até 2050.

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