Vale poderá investir US$ 2,5 bilhões em mineradora da Arábia Saudita
Uma empresa de tecnologia da Austrália vai apresentar, durante a Exposibram 2024, em Belo Horizonte, um complexo sistema tecnológico adaptado a um par de óculos operacional que detecta o sono e ajuda a evitar acidentes na mineração.
Pioneira e líder global na detecção prévia de fadiga em trabalhadores que atuam em funções de alto risco, a Optalert usa uma tecnologia dotada de algoritmos e inteligência artificial.
Trata-se da escala de sono JDS, desenvolvida pelo médico australiano Murray Johns. Sua métrica é a principal referência no mundo para medir níveis de fadiga, sendo utilizada por instituições como União Europeia, agência de saúde americana (FDA), além de algumas das principais universidades nos Estados Unidos e Europa.
Entre os dias 9 e 12 de setembro, a empresa estará na Exposibram junto com um grupo de outras companhias australianas convidadas para compor a missão comercial organizada pelo governo de Estado de Victoria, cuja capital é Melbourne.
As participantes estarão nos estandes C04, C06, C08, D03, D05 e D07A reservados pela Austrade, organismo de promoção comercial australiano.
De acordo com Sidnei Canhedo, especialista em tecnologias de mineração e gestor das operações da Optalert no Brasil, a Exposibram é o palco ideal para que empresas com o DNA de inovação possam expor soluções que fortaleçam os investimentos das indústrias de mineração em segurança e em meio ambiente.
“O Brasil e a Austrália são gigantes do setor e o intercâmbio tecnológico tem se mostrado cada vez mais valioso. O evento é uma oportunidade singular para que empresas como a Optalert possam mostrar como a tecnologia de prevenção de sono e fadiga está em constante evolução, com resultados cada vez mais expressivos”, comenta Canhedo.
Minas da Vale mais seguras
São das minas da Vale, na região de Carajás e Marabá (PA), que surgem os cases mais relevantes da mineração no mundo sobre proteção de motoristas de uma operação fechada, onde atuam centenas de caminhões fora-de-estrada. Após 10 anos desde a implantação da tecnologia da Optalert, a Vale conseguiu reduzir drasticamente o número de acidentes graves com condutores.
O sistema aplicado nestas operações consiste em um óculos, similar aos de segurança, com dois sensores de detecção que são conectados a um tablet por cabo, ou via Bluetooth, e interligados por wi-fi à sala de controle de segurança da mina em tempo real. Esse processo permite que o estado de sonolência de todos os operadores seja monitorado com uma latência de menos de dois segundos de intervalo.
Entre outros parâmetros, os óculos detectam alterações específicas na velocidade e tempo de abertura das pálpebras, tendo um processador integrado que digitaliza os reflexos a 500 vezes por segundo. Com o resultado destas análises, ocorrem mudanças no gráfico de riscos, o que é representado na escala JDS de sonolência.
Mais produtividade
Além de prevenção de acidentes, esse monitoramento proporciona ganhos identificados de produtividade na mineração e em outros parâmetros estratégicos. Há dados que apontam para uma redução em custos de manutenção e também de consumo de combustível. Todo o sistema funciona dentro de uma plataforma exclusiva que conta com inteligência artificial para gerar detalhados relatórios de análises gráficas e de desempenho de funcionários.
Sobre a Optalert
Pioneira e líder na detecção prévia de fadiga em trabalhadores em funções de alto risco, a Optalert foi fundada há 20 anos, em Melbourne, Austrália, idealizada por Murray Johns, Doutor em Medicina do Sono.
No Brasil, a empresa está presente, desde 2015, em algumas das principais cidades mineradoras do país. Em outras partes do mundo o sistema também é utilizado em setores como gás e petróleo, transporte rodoviário, automotivo, pesquisa científica, aeroespacial (NASA), testes de drogas farmacêuticas e estudos neurológicos.