Pesquisadores do Instituto Politécnico (Poli) da Universidade de São Paulo (USP) avaliaram a divulgação de informações sobre os riscos das barragens de rejeitos de mineração.
Os pesquisadores afirmam que após o rompimento das barragens de Mariana e Brumadinho, em Minas Gerais, as mineradoras estão sob crescente pressão para divulgar informações sobre os riscos estruturais dessas estruturas.
Nesse sentido, foi lançado em 2020 o Padrão Global da Indústria para Gestão de Rejeitos, documento que incentiva a divulgação dessas informações em formato de banco de dados.
Esse documento coleta de informações de pesquisa e analisa quatro grupos de padrões de estrutura de armazenamento. O primeiro é o alcance dos dados, o segundo é o formato de divulgação da informação, o terceiro é a frequência de atualização da base de dados e, por último, o quarto é o conteúdo do documento.
Maior problemas da mineração no Brasil é a falta de informações atualizadas
O estudo constatou que o maior problema era a falta de atualização, onde as informações não mudavam há pelo menos um ano, sendo necessária porque a estrutura e o volume de suporte da barragem sempre estão em constante mudança.
Para os pesquisadores, esses documentos tendem a focar em questões estruturais e arquitetônicas, negligenciando, em última análise, questões relativas ao espaço e às emergências, como preparação e rotas de fuga em caso de rompimento de uma barragem.
Mesmo as bases com maior pontuação na análise não atenderam a todos os critérios, disseram os pesquisadores.
Esta série de estudos é útil porque não existem diretrizes para padronizar essas bases de dados, portanto uma análise detalhada pode trazer informações para as pessoas que vivem perto das barragens da mineração.