Aumento da tarifa sobre importação do aço em 2024 teria Usiminas como principal beneficiada

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A Usiminas (USIM5) seria a produtora de aço brasileira mais beneficiada caso haja aumento da tarifa sobre importação de produtos siderúrgicos no país, atualmente em 12%. A avaliação é do Itaú BBA. A medida está sendo negociada desde o final do ano passado entre representantes do setor e o Governo Federal.

Logo em seguida, de acordo com o levantamento do Itaú BBA, vêm Gerdau (GGBR4) e CSN (CSNA3) como maiores beneficiadas. O Instituto Aço Brasil prevê que o aço vindo de outros países somará um quarto do total consumido no País em 2024, aumentando a participação no mercado brasileiro em relação ao registrado em 2023. No ano passado, tal participação foi de cerca de 20%, acima da média histórica, em torno de 13%.

O Itaú BBA avaliou que a Usiminas teria a maior exposição a um aumento repentino nas tarifas de importação de aço no Brasil por conta de sua maior exposição ao mercado doméstico de aço plano (60% do Ebitda, ou lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações, estimado para 2024). Como referência, um aumento de 10% nos preços domésticos de aço faria com que o Ebitda/tonelada da Usiminas subisse em R$ 538/tonelada, de R$ -248/tonelada no 4T23, resultando em um ganho anualizado de Ebitda de R$ 1,9 bilhão.

Já o Ebitda da Gerdau aumentaria em R$ 2,2 bilhões (ou 20% da previsão de Ebitda do para 2024), dada a maior diversificação geográfica da empresa, enquanto o Ebitda da CSN aumentaria em R$ 1,6 bilhão (13% da previsão de Ebitda para 2024), devido à sua maior exposição ao setor de mineração.

Impactos da alteração da tarifa sobre importação do aço

Ainda conforme avaliação do Itaú BBA, o eventual aumento nas tarifas de importação de aço favoreceria os três produtores de aço brasileiros sob sua corbertura, gerando aumento do equilíbrio estrutural da paridade de importação em relação aos preços internacionais. O cenário provável seria a diminuição das importações de aço ou um aumento nos preços domésticos, sendo a última hipótese a mais provável, pois as empresas brasileiras precisam recuperar os níveis de rentabilidade após um período mais difícil para as margens em 2023.

Na direção contrária, os grandes consumidores pesados de aço, em especial as indústrias, seriam penalizados com preços mais altos do aço, fato que interfere nas negociações entre representantes da siderurgia e o governo para a alteração da alíquota de importação, conforme a análise do Itaú BBA. As informações são do portal especializado em finanças Infomoney.

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