Início Sustentabilidade Gerdau testa operação de caminhão elétrico em unidade de Itabirito

Gerdau testa operação de caminhão elétrico em unidade de Itabirito

Foto: Divulgação - Veículo com capacidade de carregar 60 toneladas irá contribuir para a redução de consumo de diesel e emissão de CO2 na produção do aço

 

A Gerdau, maior empresa brasileira produtora de aço, iniciou testes em um caminhão elétrico para atuar na operação de extração de minério de ferro, em Itabirito, na região Central de Minas Gerais. A ação é desenvolvida na mina de Várzea Leste-Norte e está vinculada ao plano de descarbonização da empresa. O projeto é desenvolvido em parceria com as empresas Fagundes e Irmen Máquinas.

De acordo com a empresa, os testes estão sendo realizados desde o último mês de setembro e irão até o final do ano. O objetivo é avaliar a viabilidade da implementação da troca da frota existente para veículos elétricos nas minas da empresa. O modelo usado no teste é o caminhão SANY SKT90E. Ele tem capacidade de carga para 60 toneladas. O uso do veículo elétrico tem como principal objetivo a redução de consumo de diesel e emissão de CO2. Além disso, é mais silencioso e tem um consumo de energia mais eficiente.

“Essa é a primeira vez que testamos um caminhão deste tipo e estamos satisfeitos com os resultados obtidos até o momento. Sabemos que esse é um grande passo dentro da escala industrial e está alinhado às nossas iniciativas para redução de emissões de carbono dentro de nossas operações. Já nos primeiros dias, conseguimos obter resultados consistentes e tenho certeza que essa tecnologia vai contribuir para melhorar cada vez mais a eficiência e a qualidade do nosso trabalho”, explica o diretor executivo da Gerdau, Wendel Gomes.

 De acordo com a Gerdau, desde 2022 a empresa realiza ações para contribuir com a descarbonização. “Em fevereiro, assumiu o compromisso de reduzir suas emissões de gases de efeito estufa dos escopos 1 e 2 de seu inventário para um valor inferior a 50% da média global da indústria do aço. Atualmente, a companhia possui uma das menores médias de emissão de gases de efeito estufa (CO₂e), de 0,93 t de CO₂e por tonelada de aço. Isso representa aproximadamente a metade da média global do setor, de 1,89 t de CO₂e por tonelada de aço, segundo os dados de 2020 divulgados pela World Steel Association (worldsteel)”, resume, em comunicado. A empresa projeta diminuir, até 2031, as emissões de carbono para 0,83 t de CO₂e por tonelada de aço.

“É gratificante poder concretizar esse teste do caminhão 100% elétrico, que é uma novidade no mercado nacional. Já estamos com alguns desses caminhões em operações há pouco mais de um ano no Brasil. Na operação da Gerdau, tivemos uma grata surpresa, pois o perfil da operação é muito favorável para o equipamento e conseguimos a maior autonomia de bateria, chegando a dez horas e meia em média. Um resultado muito surpreendente e positivo, aumentando a produtividade com bastante segurança”, comenta o gerente comercial da Irmen Máquinas, representante oficial da SANY no Brasil, fabricante do caminhão, Pedro Brandão

Gerdau usa energia renovável

A matriz produtiva da Gerdau tem cerca de 80% de uso de fontes recicladas e renováveis, o que permite a empresa ter uma posição de destaque no setor. Atualmente, 73% do aço produzido pela companhia vem da reciclagem de sucata ferrosa, tornando-a a maior recicladora da América Latina. São 11 milhões de toneladas de sucata transformadas em aço anualmente, de acordo com a empresa. O aço é infinitamente reciclável e, para cada tonelada de sucata reciclada, é evitada a emissão de 1,5 tonelada de CO₂e.

A Gerdau é também a maior produtora de carvão vegetal do mundo para a fabricação de aço, com 250 mil hectares de base florestal em Minas Gerais. As florestas plantadas são matérias-primas de fonte renovável para o carvão vegetal. Elas funcionam, segundo a empesa, como um biorredutor na fabricação de ferro-gusa, produzindo aço de menor intensidade de gases de efeito estufa.

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