A CBMM, empresa líder mundial na produção e comercialização de produtos de nióbio, anunciou investimentos robustos para impulsionar inovações em seu segmento core, o siderúrgico, e diversificar sua atuação, especialmente nas frentes de baterias e nanomateriais. Os aportes da empresa em seu Programa de Tecnologia totalizaram R$ 230 milhões em 2023, devendo ser ainda mais expressivos em 2024, alcançando a marca de R$ 270 milhões.
De acordo com a empresa, os investimentos nas áreas de tecnologia e desenvolvimento de processos e produtos são continuidade à sua “estratégia de crescimento sustentável” do mercado de Nióbio por meio de aplicações, tecnologia e criação de valor. A divisão de materiais e tecnologia para baterias recebeu cerca de R$ 80 milhões em recursos no ano passado, devendo manter a estimativa para 2024.
Com capacidade produtiva de 150 mil toneladas de produtos de nióbio por ano, nível superior à atual demanda do mercado global, a empresa espera um crescimento acelerado no setor de baterias nos próximos 5 anos, com o desenvolvimento de materiais que garantam competitividade e qualidade.
Ainda de acordo com a empresa, na divisão de baterias, um dos grandes projetos para 2024 busca promover inovação no setor automotivo, impactando de forma positiva a mobilidade urbana. Por meio de uma parceria com a Toshiba Corporation e a Volkswagen Caminhões e Ônibus, a empresa deve apresentar ao mercado o primeiro ônibus elétrico do mundo a aplicar a tecnologia de óxidos mistos de nióbio e titânio em baterias de lítio.
Conforme divulgado, essa tecnologia permitirá uma operação de carregamento rápido com maior durabilidade e segurança, atendendo as principais demandas deste mercado. A companhia também colocará em operação uma nova planta em seu complexo industrial, com capacidade produtiva de 3.000 toneladas de óxido de nióbio para baterias. Anunciada em 2022, a nova planta contou com um investimento de R$ 265 milhões.
Para os próximos anos, a perspectiva da empresa, em projeção até 2030, é seguir à frente do mercado com aumento no volume de vendas e diversificação da receita representada por produtos fora do aço. Na frente de Novos Negócios, nos últimos cinco anos, a empresa realizou investimentos estratégicos em empresas com tecnologias promissoras para a aceleração da adoção do nióbio pelo mercado de baterias de íons de lítio, como a Battery Streak, a Echion Technologies e a Skeleton Technologies. Em 2023, a CBMM aportou cerca de R$ 100 milhões em sua frente de Novos Negócios.
Plano de sustentabilidade da CBMM
A CBMM tem mais de 500 clientes em 50 países. Com parque industrial em Araxá, no Alto Paraíba, no Brasil a empresa ainda tem o escritório de vendas em São Paulo. No exterior, tem escritórios na China, Países Baixos, Singapura, Suíça e Estados Unidos. Além da produção de nióbio, mineral estratégico para a transição energética, a empresa estabeleceu ações internas para apoiar sua aspiração de zerar emissões de CO2 (escopos 1 e 2) em seu complexo industrial até 2040.
A companhia também informou que já possui ações consolidadas que serão ampliadas nos próximos anos. Atualmente, 100% da energia elétrica consumida pela CBMM é proveniente de fontes renováveis. Dessa forma, no escopo 2, a emissão de gases de efeito estufa já é zero, conforme Certificados de Energia Renovável (RECs). Em relação a emissão direta de CO2, o número atual da companhia é de 0.54t de CO2 por tonelada de Ferronióbio produzido, o dado foi publicado em 2022 pelo Programa Brasileiro GHG Protocol e auditado por consultoria independente.
Além disso, a Declaração Ambiental de Produto (EDP, na sigla em inglês) de seu principal produto, o Ferronióbio, foi certificada e aprovada pela DNV Itália, o que, segundo a empresa, marca mais um passo no desenvolvimento de produtos de Nióbio que contribuem para a descarbonização da indústria siderúrgica.
O plano de sustentabilidade da CBMM também prevê um melhor aproveitamento dos recursos minerais, como a Barita e Magnetita. Até 2030, a companhia pretende aumentar sua produção de coprodutos, dando uma destinação útil e evitando o descarte de minerais que não fazem parte do core business.
Em 2023, foram comercializadas 955 mil toneladas de coprodutos ao mercado, aumento de 490% em comparação ao período anterior, que contribuíram com R$ 86 milhões para a receita da companhia. Para 2024, a expectativa é a comercialização de 1,4 milhão de toneladas e a geração de R$ 115 milhões de receita.
Governança Corporativa também é um forte pilar para a companhia, que obteve a Certificação ISO 37001, norma da Organização Internacional de Normalização, concedida no Brasil pelo Inmetro, que especifica requisitos para sistemas de gestão Antissuborno. Os processos e controles implementados pela CBMM de acordo com a norma ISO incorporam-se ao sistema de gestão integrado da companhia, fortalecendo as boas práticas de governança e ética nos negócios.
A CBMM ainda destaca que, com a certificação, ela se juntou a um seleto grupo de empresas que se preocupam em controlar e mitigar riscos relacionados à corrupção e ao suborno em suas operações. No Brasil, apenas 204 empresas possuem a ISO 37001 e 5.969 em todo o mundo, segundo dados da ISO Survey, atualizados em 2022.
Resultados em 2023
Os investimentos contínuos da CBMM em pesquisa e desenvolvimento possibilitaram um resultado financeiro e operacional com receita líquida em R$ 11,4 bilhões; o lucro líquido em R$ 4,9 bilhões; e o EBITDA em R$ 7,9 bilhões.O volume de vendas total de produtos de Nióbio teve aumento de 5%, totalizando 92 mil toneladas.
Conforme dados divulgados pela empresa, aproximadamente 95% da produção é exportada, sendo que o mercado Ásia-Pacífico se manteve como o principal, com cerca de 64% do volume de vendas, seguido de Europa, Oriente Médio e África, que representaram uma fatia de 19%, e Américas, que absorveram 17% das vendas da empresa.
A contribuição pública da CBMM segue com saldo positivo. Cerca de R$ 4,9 bilhões foram pagos em tributos municipais, estaduais e federais em 2023. Esses valores incluem impostos em razão da comercialização de produtos industrializados de Nióbio, além da parcela de R$ 1,5 bilhão destinada à Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), conforme previsto em contrato vigente entre as partes. Para saber mais sobre a CBMM, visite o media center da empresa.