Promovido pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), continua nesta quarta-feira (13), em Belo Horizonte, a programação do 11ª Edição do Congresso Brasileiro de Mina a Céu Aberto e Mina Subterrânea (CBMINA). O fórum é um dos mais tradicionais acontecimentos do setor, organizado em parceria com o Departamento de Engenharia de Minas da Universidade (Demin) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Nesta terça-feira, primeiro dia da programação, pela manhã foram realizados painéis técnicos com especialistas de áreas relacionadas ao desenvolvimento de minas, como pesquisadores e representantes de entidades e mineradoras. Saiba mais.
À tarde houve a apresentação de trabalhos acadêmicos de instituições que ajudam a desenvolver a mineração no país. Um dos mais promissores foi do Técnico em Mineração do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), campus Parelhas, em parceria com a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Com a temática Meio Ambiente, eles realizaram uma pesquisa sobre a prática da lavra ambiciosa, com foco na região onde moram.
Sob a coordenação do professor Defsson Douglas, a partir de elementos do Código de Mineração, abordaram a prática da mineração de caulim sem observar planos preestabelecidos, sejam econômicos ou ambientais, para obtenção da caulinita. Pequenas empresas e garimpeiros usualmente praticam esse modelo predatório de mineração na área temática do estudo, em territórios da Paraíba e Rio Grande do Norte.
Troca de conhecimento
O trabalho destaca o esforço das universidades e do próprio IFRN para reduzir os índices de informalidade nas lavras de caulim. A expectativa de alunos e professores é para que o estudo seja útil para ajudar a reduzir danos ao meio ambiente.
“Os alunos realizaram comparações entre os dados da região estudada com outras regiões que fazem a extração do caulim, traçando um retrato da realidade de sua região, mostrando como a fiscalização se torna mais eficaz onde a tecnologia está presente nos processos, reduzindo os índices de irregularidades e ilegalidades”, explica o professor.
A fundadora da Academia da Mineração, Marcela Tainã, destaca a importância da pesquisa e do cenário pesquisado pelos alunos: “Os meninos vieram de longe para apresentar e o ensino técnico é fundamental no mercado. Eles e os professores estão de parabéns, porque a província em que trabalham tem uma enorme possibilidade de crescimento, com pegmatitos, lítio, caulim, muita coisa para ser pesquisada”.
“Está sendo uma sensação única, nunca esperei estar aqui, neste momento. Vamos aproveitar esse congresso, com muito conhecimento técnico, acadêmico e profissional”, comemora Pedro Daniel Cordeiro de Araújo, aluno do IFRN. “Como técnicos, ainda no início de uma carreira no setor mineral, é importante já ter essa participação, ter essa networking, essa troca de conhecimento, com a gente podendo mostrar um pouco do que desenvolve na nossa região. Essa pequena participação é de grande valia para a gente mostrar um pouco do que sabe e a realidade do Nordeste”, complementa Wanderson da Silva Modesto, aluno UFCG.
Além de Wanderson e Pedro Daniel, também fizeram parte da pesquisa “Avaliação de operações de lavra de caulim do Seridó Paraibano e Potiguar visando a caracterização da lavra ambiciosa” os alunos Joseane Edna Soares de Medeiros Lucena, também do IFRN, e Vinícius Rewel do Nascimento Cordeiro, da UFCG.
A 11ª Edição do CBMINA tem a cobertura do CidadesMineradoras.com.br, em parceria com a MM Advocacia Minerária. O evento vai até esta quarta-feira (14) e a programação completa da está no link.