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Ibram e Ministério da Justiça articulam plano para evitar roubo de cargas minerárias

Foto: Divulgação /Ibram - Representantes das entidades se reuniram em Paracatu com membros de empresas e forças de segurança; Parceria entre setores público e privado serão usadas para coibir ação de quadrilhas

 

O Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) e o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) organizaram a primeira reunião preparatória para detalhar os Planos de Defesas de Cidades e os tipos de crimes que acontecem em municípios com produção de minérios metálicos. O evento ocorreu na cidade de Paracatu cidade minerária do Alto Paraíba, na última terça-feira (16).

Estiveram presentes no encontro representantes do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Rodoviária Federal, Tribunal de Justiça, Ministério Público e Associação Brasileira de Transporte de Valores. Também participaram representantes da prefeitura de Paracatu e da secretaria de Cultura e Turismo da cidade, além de profissionais e gestores de empresas como a Brink’s Brasil, Kinross, AngloGold Ashanti, Equinox Gold e NX Gold, do Grupo Ero Copper Corp.

O vice-presidente do Ibram, Fernando Azevedo e Silva, destacou a relevância do acordo pioneiro entre os setores público e privado na área de segurança e no combate às quadrilhas organizadas para saquear cargas preciosas de minério, causadoras de sérios problemas de segurança para a população, além de danos econômicos e ambientais.

Durante a reunião, o representante da Polícia Militar do 45º Batalhão da 16ª Região de Unaí (MG), Tenente Coronel Paiva, apresentou uma análise dos ataques criminosos direcionados a instituições financeiras e à mineradora em Paracatu, que ocorreram desde 2012.

O representante da Diretoria de Operações Integradas da Secretaria Nacional de Segurança Pública do MJSP, André Gossain, anunciou na ocasião a programação de uma nova reunião para discutir o plano de defesa e execução do simulado em Paracatu. Segundo ele, esta nova etapa do projeto está agendada para ocorrer ao longo de cinco dias, contemplando também a realização do simulado com participação da população.

Parceria com o Ibram

No início do ano, o Ministério da Justiça assinou acordo de cooperação técnica com o Ibram para a elaboração de estudos e diagnósticos sobre segurança pública para subsidiar a formulação de estratégias de enfrentamento ao crime organizado. A ação violenta de quadrilhas vem impactando as operações de empresas mineradoras de ouro e de pedras preciosas no país.

O Plano de Trabalho vem sendo desenvolvido pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) junto às comunidades e autoridades locais para desenvolver mecanismos de defesa contra os eventos criminosos, incentivar o intercâmbio de informações entre as mineradoras e as autoridades municipais, estaduais e federais, possibilitando treinamentos e desenvolvendo simulados com as operações planejadas nos municípios produtores.

“É uma alegria assinar este acordo com o IBRAM. É um passo a mais neste esforço da rede nacional de enfrentamento ao crime organizado; é uma parceria como outras que estamos fazendo com outros setores, como a Febraban (entidade do setor financeiro), a Anatel e empresas de telefonia (…) O Brasil é uma potência mineral. O setor representa boa parte da balança comercial e tem importância estratégica para a economia (…) O crime organizado destrói a economia, ameaça a vida e afronta o estado democrático de direito”, disse o ministro da Justiça em exercício na data da assinatura do termo (5 de janeiro), Ricardo Capelli.

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Cerimônia de assinatura de acordo entre Ibram e Ministério da Justiça e Segurança Pública

“Em contrapartida, aos investimentos de longo prazo realizados pelas mineradoras em seus projetos, e que geram diversos benefícios ao país e aos brasileiros, as atividades criminosas levam apenas alguns instantes para dar fim ao resultado de tamanho esforço e aporte de recursos financeiros. É uma situação que não deve perdurar no território nacional. A mineração produz seus resultados para, primeiramente, atender às estratégias e aos interesses da União, já que ela detém as riquezas do subsolo e cabe às mineradoras, o papel de cuidar dos processos industriais após receberem a devida concessão legal”, complementou Fernando Azevedo.

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