O Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) emitiu, nesta segunda-feira (13), uma nota de repúdio ao uso do mercúrio na indústria da mineração. A entidade esclareceu que as empresas de mineração industrial do ouro que são associadas a ela não utilizam mercúrio em seus processos produtivos e que investem constantemente em novas e avançadas tecnologias.
De acordo com a nota, os associados do Ibram “adotam as melhores práticas, de modo a assegurar uma operação de maneira consciente e responsável. Essas companhias atuam apenas de acordo com a lei e têm seus processos submetidos a licenciamentos, inclusive, de caráter ambiental, com alto nível de rigor, além de se submeterem a fiscalizações sequenciais pelos órgãos de controle”.
Ibram vincula uso do mercúrio ao crime
O Ibram destaca em seu comunicado que o uso descontrolado do mercúrio é atrelado à ilegalidade, especialmente a garimpos clandestinos. “Trata-se de uma ação absolutamente criminosa, em razão dos graves danos ambientais, à saúde humana e às práticas insalubres de trabalho associadas a essa substância tóxica. A mineração industrial representada pelo Ibram é precursora das boas práticas setoriais de ESG e é aliada dos agentes públicos e privados nas discussões voltadas a dinamizar e a reforçar o combate ao garimpo ilegal e a todas as suas repercussões negativas sobre o ambiente, a economia e a sociedade”, diz o comunicado.
Operação investiga empresas ligadas ao garimpo clandestino
Na última semana, Polícia Federal e o o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) deflagraram a Operação Hermes (Hg) II. As equipes cumpriram mais de 30 mandados de busca e apreensão Expedidos pela Primeira Vara Federal de Campinas.
As cidades alvo da operação são dos estados do Amazonas, Mato Grosso, Rio de Janeiro e São Paulo. A operação foi desdobramento de uma investigação que tem como alvo empresas que comercializam o mercúrio para o garimpo clandestino. Saiba mais.