A Sigma Lithium, dona da operação de mineração de lítio no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, anunciou hoje que as negociações para a venda da operação estão em fase final.
Esperava-se que o negócio fosse fechado até o final deste ano, mas agora o conselho não espera que seja concluído até 2024. A chinesa CATL, de baterias, e a montadora Volkswagen são apontadas como as favoritas.
Sigma está avaliada em pouco mais de US$ 3 bilhões
Como parte das negociações, a mineradora anunciou a listagem da Sigma Brazil, subsidiária que efetivamente detém os direitos de seu principal projeto Grota do Cirilo, na Nasdaq e em Cingapura, como parte de um esforço para “maximizar valor” e “nivelar” o acionista. caminho. O “ambiente competitivo” entre aspas.
A estrutura foi projetada para facilitar a entrada de estrangeiros – principalmente chineses – no negócio, segundo fontes próximas à empresa. O Canadá, onde a Sigma Lithium Holdings está sediada, promulgou uma lei no final de 2022 que exige que os governos locais aprovem qualquer mudança de controle de empresas de mineração críticas que operam no país.
Sob a nova estrutura, os compradores farão aquisições através da emissão de ações na Nasdaq ou em Cingapura. O objetivo da escolha destas duas bolsas é aumentar a competitividade dos potenciais compradores do Oriente e do Ocidente.
A Sigma, que possui uma mina que produz lítio de acordo com os mais altos padrões ESG, uma instalação de tratamento de resíduos secos e um fundo direcionado, atraiu o interesse de vários players interessados em adquirir uma das principais matérias-primas utilizadas na fabricação de baterias para automóveis.
Hoje, a Sigma está avaliada em pouco mais de US$ 3 bilhões na Bolsa de Valores Canadense e caiu 15% no acumulado do ano, à medida que os preços do lítio caem. Mas Ana Cabral sempre esperou que o negócio compensasse, especialmente o potencial de crescimento da empresa, que conseguiu construir do zero uma das maiores empresas de mineração de lítio do mundo em menos de seis anos.