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Tragédia de Mariana: durante julgamento, BHP Billiton é acusada de erros que levaram ao colapso da barragem em 2015

Imagem: Agência Brasil - O rompimento da barragem de Mariana resultou na morte de 19 pessoas e do feto de uma sobrevivente, além de liberar 40 milhões de metros cúbicos de resíduos tóxicos no Rio Doce

 

Teve início na segunda-feira (21) o aguardado julgamento na justiça britânica que decidirá a responsabilidade da mineradora anglo-australiana BHP Billiton pela tragédia do rompimento da barragem em Mariana, Minas Gerais, ocorrida em 2015.

O escritório Pogust Goodhead, que representa cerca de 620 mil reclamantes, apresentou no tribunal uma série de falhas atribuídas às mineradoras, que, segundo eles, culminaram no desastre.

Impactos da tragédia de Mariana e responsabilidade da BHP Billiton

O rompimento da barragem resultou na morte de 19 pessoas e do feto de uma sobrevivente, além de liberar 40 milhões de metros cúbicos de resíduos tóxicos no Rio Doce. O desastre teve consequências devastadoras e duradouras para as comunidades e negócios da região, levando a uma crise humanitária e ambiental.

O Pogust Goodhead apresentou seus argumentos no primeiro dia, ressaltando que a barragem de Mariana era propriedade da Samarco, uma joint venture entre a BHP e a Vale.

A juíza O’Farrell ouviu que, pelo menos três anos antes do rompimento, a BHP já sabia que a Vale despejava anualmente 1,3 milhão de toneladas de rejeitos na barragem, em contrariedade a um contrato que permitia apenas 109.324 toneladas.

Em nota, a mineradora afirmou estar colaborando com a Samarco e a Vale para apoiar um processo de reparação e compensação em andamento no Brasil, buscando soluções que beneficiem as vítimas e o meio ambiente local.

À medida que o julgamento avança, a expectativa é alta em relação às consequências que essa decisão poderá ter para as vítimas da tragédia e para o futuro das operações mineradoras no Brasil. O desenrolar deste caso promete trazer à tona questões cruciais sobre responsabilidade corporativa e a necessidade de medidas preventivas em situações de risco.

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